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Diretor Adam McKay revela final alternativo de 'Não Olhe Para Cima'

Fala improvisada de Meryl Streep mudou o rumo da história de última hora

Meryl Streep em cena do filme "Não Olhe para Cima", de Adam McKay - Niko Tavernise/Divulgação

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São Paulo

AVISO DE SPOILERS: O texto possui detalhes do enredo e do final do filme "Não Olhe Para Cima"

Não fosse por uma improvisação da atriz Meryl Streep, o filme "Não Olhe Para Cima" teria outro final. O diretor do longa-metragem revelou a cena que originalmente encerraria a trama em entrevista ao site Variety na segunda-feira (27).

O destino de personagens como a presidente dos Estados Unidos (Meryl Streep) e o bilionário excêntrico (Mark Rylance) é revelado durante os créditos. Ambos, junto a uma parte seleta da sociedade, preparam uma espaçonave com capacidade reduzida para levá-los a outro planeta caso o cometa descoberto no início do filme destrua a Terra.

No corte final, o grupo consegue chegar a um planeta semelhante ao nosso, apesar de algumas mortes durante a viagem. Mas no local vivem animais alienígenas que ameaçam a vida de todos, e matam um deles. No final original, no entanto, isso não acontece.

Tudo começou quando Meryl precisou improvisar uma conversa entre sua personagem, a presidente Orlean, e o bilionário dono de uma empresa de tecnologia Peter Isherwell. "E ela, que é uma ótima improvisadora, disse, 'Eu quero saber como vou morrer!'".

A fala faz referência a uma cena anterior do filme, em que Isherwell diz ao astrônomo interpretado por Leonardo DiCaprio que sua empresa possui dados suficientes para prever a morte de qualquer pessoa. O empresário diz que a presidente será comida por um animal chamado "brontaroc".

"Nós limpamos [a premissa] um pouco. Acho que todas as vezes que falávamos o nome da criatura, ele mudava, mas o take que usamos falava 'brontaroc'", explicou o diretor. "Depois que gravamos, eu disse: 'Isto é muito engraçado. Nós devíamos terminar com ela sendo comida pelo brontaroc!"

McKay então pediu à equipe de efeitos especiais a criação de uma criatura nova. Na cena dos créditos, a presidente Orlean fica maravilhada pelo animal e, ao se aproximar, tem seu rosto atacado por ele e morre.

"Isso significa que todo mundo nas espaçonaves acaba comido por brontarocs?", ponderou o cineasta. "Na verdade, sim. Eu acho que sim."

Originalmente, o longa-metragem terminaria com os sobreviventes discutindo quem construiria as primeiras casas humanas no outro planeta.

"O final original era tipo: 'Bom, vamos começar a construir nossas casas'", contou McKay. "E alguém diz: 'Ah, a nave que trazia os trabalhadores explodiu'. E então Mark Rylance dizia: 'Eu vou dar US$ 1 bilhão para quem construir uma casa para mim'."

"E daí outro cara dizia: 'Eu dou US$ 2 bilhões'. E aí você percebe que são todos bilionários", continuou. "E eles ficam: 'Eu dou US$ 5 bilhões! US$ 10 bilhões!'", e acabávamos assim".