Com dores na coluna, Alcione grava sentada DVD dos 50 anos de carreira
Pinçamento no nervo ciático não impede duas horas e meia de show, no Rio
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Alcione, 74, estava menos 'soltinha' que o habitual, e isso ficou claro para a plateia que lotou o Teatro Municipal do Rio, neste domingo (5), para a gravação do DVD de seus 50 anos de carreira. Com dores na coluna ("Ela pinçou o nervo ciático", informa a assessora), a cantora se apresentou sentada durante duas horas e meia. Só levantou-se uma vez, para trocar de vestido.
Isso quer dizer que o show foi frio? Pouco empolgante? De modo algum. A falta de mobilidade da estrela da noite não comprometeu o espetáculo, com vários momentos em que o público cantou junto, a plenos pulmões, alguns de seus sucessos - que o diga Maria Bethânia, visivelmente emocionada num dos camarotes do teatro antes mesmo de a apresentação começar.
"Quase nunca saio de casa, mas não podia deixar de vir ao show da minha amiga. Alcione sempre respeitou e amou a minha família, é como uma irmã para mim", disse Bethânia, uma das poucas pessoas presentes a usar máscara de proteção contra o coronavírus.
"Diva!", "Poderosa!", "Gostosa!", berravam os fãs da Marrom, que mostrou fôlego: foram, ao todo, 65 músicas enfileiradas -algumas em pout-pourris, outras na íntegra. Além do intervalo para a troca de vestido, houve somente uma interrupção, para que Alcione recolocasse seus cílios (enormes) postiços. "Ah, que droga", ralhou a cantora, com aquele seu jeitão engraçado.
O repertório da noite incluiu sucessos que ficaram famosos em sua voz, como "Estranha loucura", "Ou Ela Ou Eu", "Sufoco", "A Loba", "Você Me Vira a Cabeça", "Meu Ébano" e "Saigon", além de homenagens ao amigo Emílio Santiago (1946–2103) e Clara Nunes (1942–1983). A Mangueira também esteve presente, com a participação de integrantes de sua tão amada e exaltada escola de samba.
Querida pelos artistas, Alcione foi prestigiada no Municipal por Caio Blat e Luisa Arraes, Gaby Amarantos, Bárbara Paz, Toni Garrido, Luiz Lobianco, Juliana Alves, Guilherme Weber, Matheus Nachtergaele, e pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que em outubro passado foi chamado de "Caio Castro" pela cantora, em um encontro no Palácio das Laranjeiras.