A expulsão da irmã autista da modelo Natalia Vodianova de um restaurante gerou nesta quinta-feira (13) uma forte comoção nos meios de comunicação e nas redes sociais da Rússia.

Após o incidente, Natalia denunciou a discriminação que afeta as pessoas autistas no país.

Oksana, irmã da musa russa, foi forçada na quarta (12) a abandonar um café de Nijni-Novgorod, às margens do rio Volga, onde acabava de se sentar com sua babá, contou a modelo no Facebook, provocando milhares de reações de apoio.

"O dono do café chegou e exigiu, de maneira grosseira: 'Vamos, vá embora, assusta todos os clientes. Vá se curar e cure seus filhos. E só depois se apresente nos locais públicos'", escreveu a supermodelo, que não estava no local do incidente.

Natalia assumiu em julho o posto que foi da brasileira Fernanda Lima no sorteio das eliminatórias da Fifa para a Copa 2018.

Segundo ela, o único cliente do café que se levantou exigindo que Oksana permanecesse no local não convenceu o dono, que chamou a polícia e pediu a um guarda, e depois a outros três, que vigiassem a menina autista.

Como se isso não bastasse, o dono apresentou uma denúncia policial por delito leve contra Oksana, contou a modelo, que criou uma fundação beneficente chamada "Naket Heart" para ajudar crianças com deficiência na Rússia.

Diante da comoção gerada, o Comitê de Investigação abriu uma investigação por "violação contra a dignidade de uma pessoa devido ao seu pertencimento a um grupo social", uma acusação que pode ser punida com pena de dois a cinco anos de prisão.

Por outro lado, o filho do dono afirmou que Oksana teria afugentado os clientes "ao bater a cabeça contra a parede", segundo declarações feitas ao canal de televisão russo Vesti.