'Todo paulistano tem um pouco de Paraisópolis na veia', diz Alexandre Borges
De barba longa para interpretar Jurandir em "I Love Paraisópolis" (Globo), Alexandre Borges se diz cada vez mais envolvido na realidade da favela paulistana onde se passa a novela.
Pai de Dandara (Tatá Werneck) e Marizete (Bruna Marquezine), o personagem é "um cara típico de Paraisópolis", segundo definição do próprio ator.
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"Ele está desempregado faz um bom tempo, a crise pegou ele em cheio. Ele vive de bicos, é apaixonado pela mulher Eva (Soraya Ravenle), mas ela mandou ele embora, cansou dos trambiques dele. Ele faz umas provas de amor, tipo instalar uma TV a cabo clandestina para ela, que odeia o presente. Mas ele faz com boa intenção", defende.
É com essas sacadas que beiram o anti-ético, o controverso, que Alexandre se define como uma espécie de anti-herói.
"Acho que todo paulistano tem um pouco da comunidade na veia, essa coisa lutadora, de enfrentar o caos de São Paulo, de vencer, de quebrar o glamour e batalhar, como todo brasileiro mesmo", analisa.
Embora a maioria das cenas esteja sendo gravada em uma cidade cenográfica no Projac, o ator conheceu Paraisópolis, que tem cerca de 60 mil moradores, e se disse comovido com os projetos sociais.
"A gente se encontrou com a associação de moradores. A luta deles é para serem reconhecidos como bairro, para que as melhorias do estado, do município, cheguem mais lá dentro, como saneamento, asfalto, coleta de lixo", conta.
Ele espera que a novela chame atenção para a comunidade e acelere o progresso em alguns aspectos.
"Acho que [a novela] também tem uma função de desmistificar. Mostrar a realidade, o alto astral, a riqueza cultural, os projetos sociais, tem o balé de Paraisópolis, a orquestra, tem um campeonato de futebol com mais de 40 times... É uma vida cultural muito rica", se derrete.
A novela estreia na próxima segunda-feira (11), na faixa das 19h.
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