A polícia civil do Rio de Janeiro decidiu avançar nas investigações antes de decidir se entrará na casa do "BBB15" para tomar o depoimento do ex-militar Luan sobre o episódio em que teria matado um jovem no Morro do Alemão.

Na última quinta-feira (22), a instituição anunciou que uma equipe da Divisão de Homicídios da Capital (DH) deveria ir ao Projac, centro de produções da Globo, para ouvir o participante do reality show.

O recuo se deve à falta de flagrante no caso, segundo a polícia. Como só há o relato de Luan sobre o suposto homicídio, o titular da unidade, delegado Rivaldo Barbosa, decidiu enviar um ofício à Globo pedindo a íntegra das imagens em que o "brother" menciona o episódio.

A polícia também solicitou ao Exército informações sobre a atuação do carioca no processo de pacificação do Alemão. No primeiro dia do "BBB15", Luan contou, ao se apresentar aos colegas de confinamento, que acertou um tiro na cabeça de um adolescente de aproximadamente 16 anos durante a operação, em 2010.

Na madrugada desta terça (27), o participante deu mais detalhes sobre o caso. O ex-militar afirmou que o jovem estava armado com uma submetralhadora e que recebeu apoio de um policial militar após acertar o tiro.

Em comunicado, o Exército informou desconhecer a participação de Luan em operações no Morro do Alemão. As Forças Armadas, porém, terão que oficializar o posicionamento após o pedido da polícia civil.

Caso o delegado entenda que não há necessidade de ouvir o "brother" imediatamente, ele prestará depoimento na Divisão de Homicídios assim que sair do programa.

Se a investigação concluir que de fato houve o crime, a polícia deverá pedir à Justiça um mandado de prisão contra Luan, que poderá responder a processo por homicídio decorrente de intervenção policial.

Procurada, a mãe do participante disse não acreditar que o filho tenha atirado no jovem. Segundo ela, ele contou a história "para se promover" dentro do programa.