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CRÍTICA: Osklen retoma poder de fogo com obra de Tarsila do Amaral

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A miopia que acometeu a Osklen nas últimas três temporadas ficou no passado. O estudo de Oskar Metsavaht e Juliana Suassuna sobre a obra de Tarsila do Amaral (1886-1973) é, além de cronologicamente acertado, um trabalho precioso da anatomia antropofágica.

"Tarsila" será lançada no mercado internacional em fevereiro de 2018, ao mesmo tempo em que uma mostra sobre a modernista aporta no MoMA, em Nova York.

Como numa tela em branco, a cartela passeou pelo cru e o areia, formando as camisetas amplas, as calças clochard, os vestidos minimalistas e os tops ajustados como corset que são parte inerente do repertório da marca.

Paulatinamente, as cores se abriam, desenhavam imagens em nanquim, até chegar no vermelho vivo do autorretrato "Manteau Rouge" (1923). As golas abertas reverenciam a pintura, que se transmutava pouco a pouco em estampas impressas nos vestidos leves --ativos da marca.

Os cálculos das proporções de "Abaporu" (1928) foram diluídos, ora com barras abertas, ora com cinturas finíssimas. Já as linhas sinuosas de "Blues" (1928) explodiram nas últimas entradas.

Metsavaht aposta, e acerta, que o resgate da identidade nacional por meio de estetas do passado é um dos nortes mais modernos da criação de moda. (PD)

OSKLEN

AVALIAÇÃO: ótimo


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