Situação da RedeTV! se agrava com novas reviravoltas
Três recentes lances instalaram um clima de crise na RedeTV!.
O mais novo foi neste domingo (4), quando a modelo Priscila Vieira divulgou na internet um vídeo denunciando um suposto esquema de prostituição nos bastidores do "Teste de Fidelidade".
Após denuncia, modelo desiste de trabalhar com TV
A moça está brava porque não teria recebido o cachê por sua participação no programa comandado por João Kléber, que é uma das maiores audiências da emissora. Ela alega que levou calote porque teria se recusado a sair com o diretor da atração, Rafael Paladia.
A RedeTV! nega todas as acusações e garante já ter pago a modelo. Também ameaça processá-la.
Isto é pouco perto do revés sofrido pela emissora numa ação movida pelo jornalista Berto Filho, que também passou pela Globo e pela extinta TV Manchete. Ele conseguiu, depois de anos de batalha, que a Justiça bloqueasse a verba publicitária do programa "Mega-Senha" para pagar seus créditos trabalhistas. A RedeTV! afirma estar em dia com todas suas obrigações.
Para completar, o Sindicato dos Radialistas de São Paulo protocolou, no dia 25 de julho, um documento pedindo nada menos que a cassação da concessão da emissora. Dirigido a Gleisi Hoffman, ministra da Casa Civil, e a Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, o texto de três páginas relata os "danos e lesões" que a emissora teria causado a inúmeros profissionais que trabalharam para ela.
"Cassar a concessão" significa tirar o sinal da RedeTV! e entregá-lo a outro grupo empresarial. Quando um sindicato pede ao governo o fechamento de um grande empregador, é porque a coisa está realmente feia.
Nos últimos meses, se avolumaram denúncias de salários atrasados --o que motivou a transferência do "Pânico" para a Band, por exemplo-- encargos trabalhistas não recolhidos e brigas nos tribunais que se arrastam por anos a fio envolvendo o canal e seus antigos colaboradores.
Já vi este filme antes. Assisti à derrocada de emissoras poderosas, como as finadas Excelsior, Tupi e Manchete. Não foram espetáculos bonitos de ver.
A batata quente está no colo do governo.
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