Incidente de Frota com apresentadora nos lembrou que ele existe
Alguém aí sabia que Alexandre Frota tem um programa na Rede Brasil de Televisão? Nem eu.
Agora sabemos todos, porque na quarta-feira passada (24) ele expulsou das gravações a apresentadora Claudia Carla. A moça passou duas vezes em frente às câmera enquanto Frota fazia uma entrevista e o irritou sobremaneira.
O incidente ainda rendeu uma segunda notícia, que informa que a direção da emissora chamou ambos para conversar. Não é nada, não é nada, não é nada mesmo. Pelo menos serviu para o Frotinha ser citado nas redes sociais.
Alexandre Frota tem uma das trajetórias mais bizarras do entretenimento brasileiro. O cara foi ator sério por muito tempo, depois virou participante de "reality show", animador de auditório, go-go boy, DJ, empresário de funk e --imagine se eu vou esquecer-- ator pornô.
Hoje chegou ao ponto em que é apenas ele mesmo: uma personalidade única, que mistura o famoso lado "bad boy" com um timing cômico bastante preciso.
Sua carreira morreu e ressuscitou inúmeras vezes. É até curioso lembrar que um dia ele foi casado com Cláudia Raia, com quem fazia uma espécie jovem casal 20 da Globo. O enlace matrimonial dos dois foi um dos maiores auês dos anos 80, com o altar da igreja da Candelária, no Rio, congestionado de padrinhos.
Depois eles se separaram, em todos os sentidos. Ela continuou em ascensão e hoje estrela musicais e novelas de sucesso. Ele passou por mais altos e baixos que a cordilheira dos Andes.
A imagem atual de Alexandre Frota se cristalizou com sua participação no primeiro "Casa dos Artistas" (SBT), em 2001, o pioneiro dos "realities" de confinamento na TV brasileira.
Ele não aguentou a pressão e logo pediu para sair. Mas dava tanta audiência que retornou alguns dias depois. Não venceu a competição, mas foi convidado para uma variante portuguesa do programa, onde terminou em segundo lugar.
Nessa mesma época, posou nu pela primeira vez para a revista "G". Depois foram mais três ensaios, além da incursão pelos filmes de sexo explícito.
Achei que o período pornográfico seria seu último ato: Frota rodou dezenas de títulos para o estúdio Brasileirinhas, onde contracenou, entre outras, com Rita Cadillac e o travesti Bianca Soares.
Depois sumiu, para reaparecer como uma diretor artístico da Record e depois do SBT. Nenhum dos dois cargos durou muito tempo.
Agora está aí, na quase invisível Rede Brasil. Mas, aos 50 anos e ainda em plena forma, continua rendendo assunto. Aliás, esta é sua especialidade: fazendo o que fosse, Alexandre Frota sempre deu um jeito de aparecer.
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