"BBB13" foi prova de resistência para o espectador
A cada "Big Brother Brasil" que vai ao ar, eu tenho a sensação de que é o penúltimo.
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Que a edição do ano que vem será a derradeira de um programa que já fez muito sucesso e gerou muito assunto, mas já deu o que tinha que dar.
Claro que eu errei todas as vezes. O "BBB" sempre volta, com menos audiência e repercussão que no ano anterior, mas ainda forte o suficiente para atrair grandes anunciantes e ganhar ampla cobertura na internet.
O Brasil foi o país onde o formato criado pela produtora holandesa Endemol alcançou seu maior impacto, e também o único lugar do mundo onde ele ainda atinge índices expressivos.
O mérito dessa permanência vai todo para Boninho: o diretor do "BBB" criou uma versão ensolarada do "reality show", recheada de corpos esculturais e com astral muito mais alto que seus congêneres internacionais.
Mas ele também está ciente de que a fórmula pode estar se esgotando. Não foi por outra razão que chamou tantos ex-participantes para a casa de 2013. Quem sabe o público não teria seu interesse avivado com a presença de tantas caras conhecidas?
A experiência não chegou a ser um fracasso, mas tampouco foi bem-sucedida. Os veteranos mais controversos foram rapidamente eliminados. Nesta reta final, sobrou apenas um: a gaúcha Natália, que repete a estratégia de se manter semi-invisível para escapar dos paredões.
Entre os novatos, nenhum foi um desastre absoluto. Todos contribuíram de alguma forma, em diferentes graus. Muitos conquistaram torcidas apaixonadas, é verdade. Mas nenhum polarizou as opiniões nem assumiu o protagonismo da narrativa: fez falta um Diego "Alemão", ou mesmo um Marcelo Dourado.
As polêmicas acabaram sendo provocadas não pelas pessoas, mas pelas provas. Algumas tiveram mecânicas complicadíssimas, outras terminaram em resultados bastante questionáveis. Suspeitas de manipulação e favoritismo fervilharam nas redes sociais. Acabaram fazendo bem para o burburinho em torno do programa, mas será que os patrocinadores estão gostando?
Aliás, se eu fosse um fabricante de automóveis, não iria querer que uma candidata do "BBB" vomitasse dentro do carro que estou anunciando, por mais tempo que ele permanecesse no vídeo. Provas de resistência como a da noite desta quinta-feira (21) são torturantes, tanto para os confinados como para os espectadores.
Pensando bem, esse "BBBcrazy" foi uma longuíssima prova de resistência para todos os envolvidos. Por mais que a produção se esforçasse, a coisa nunca chegou a pegar fogo. Muitos tiros saíram pela culatra, como a pegadinha do argentino.
Ainda assim, é óbvio que o programa volta em 2014. Seus custos são relativamente baixos e o retorno mais do que compensa o investimento. Talvez sofra pequenas reformulações, mas o básico continuará o mesmo.
E aposto que não será o último.
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