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Tony Goes

Após "causo", Dhomini destruiu a machadadas suas chances de vitória no "BBB13"

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Em 2011, cobri o "Big Brother Brasil" pela primeira vez, para a versão online da "Folha de São Paulo". O jogo estava pela metade quando arrisquei uma profecia: Mau-Mau seria o vencedor.

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O músico carioca havia sido expulso do "BBB11" logo nas primeiras semanas, mas foi resgatado pelo público depois de participar de uma "casa de vidro" junto com outros eliminados. Voltou cheio de moral, cantando de galo e meio que liderando uma facção dos "brothers" contra a outra.

Eu me deixei iludir por tanta marra, e escrevi na minha coluna que todos os sinais apontavam para uma vitória de Mau-Mau. Os leitores me trucidaram nos comentários --e tinham razão. Demorei para perceber que os ventos sopravam a favor de Maria, a namorada que Mau-Mau rejeitou.

Ano passado, já calejado, anunciei na minha primeiríssima coluna sobre o "BBB12" que o vencedor seria Fael. A dinâmica do jogo nem estava clara, mas o perfil do rapaz me pareceu por demais irresistível para as eleitoras. Não deu outra. Fael papou o prêmio.


E assim chegamos ao "BBB13", com a casa rachada ao meio entre novatos e veteranos. Achei que estes saíram em vantagem, justamente por serem experientes, e na última sexta-feira (18) apontei que Dhomini, o ganhador do "BBB3", despontava como favorito.

No exato momento em que eu escrevia a coluna, o goiano contava para seus concorrentes a já infame história de como teria arrancado a machadadas os dentes de um cachorro. O "causo" seria antigo, e possivelmente inverídico. Mas foi mais do que suficiente para virar a maré contra ele.

Ontem Dhomini teve seis votos da casa para ir ao paredão. Disputará com Anamara, indicada pelo líder Ivan. E, ao que tudo indica, sairá na próxima terça-feira (22): as enquetes informais mostram que ele está com mais de 60% de rejeição, um número difícil de ser revertido em tão pouco tempo.

Na verdade, esta é uma das características que tornam o "BBB" interesssante: o sujeito parece estar bem na competição, dominando a narrativa ("dhominando"?), e, de uma hora para a outra, cai em desgraça. Basta uma palavra mal pensada. Mas é difícil pensar friamente quando o cara se acha o rei da cocada preta.

Dhomini criou muitos desafetos, tanto lá dentro como entre os espectadores. Sua saída pode prejudicar o programa, ainda mais quando lembramos que Bambam e Aline já caíram fora. Os três agitaram os primeiros dias da competição. Sem eles, o "BBB13" corre o risco de virar uma estufa de plantas.

Boninho já percebeu este perigo, e anunciou pelo Twitter um misterioso "BBB vai e volta, sem eliminação, sem casa de vidro, sem eliminados". O que quer dizer isto? O diretor não entrou em detalhes. Só garantiu que vai "tocar o terror" na casa.

Vamos ver o que vem por aí. E torcer para que o próximo vilão que surgir seja um pouco mais esperto, para não dançar logo de cara.

Tony Goes

Tony Goes (1960-2024) nasceu no Rio de Janeiro, mas viveu em São Paulo desde pequeno. Escreveu para várias séries de humor e programas de variedades, além de alguns longas-metragens. Ele também atualizava diariamente o blog que levava seu nome: tonygoes.com.br.

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