Tony Goes

Adriane Galisteu, Ana Hickmann e os maridos furiosos

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As duas têm muito em comum: são apresentadoras de TV, foram modelos de sucesso, têm longos cabelos louros e compartilham até mesmo a inicial do primeiro nome. Com tantas semelhanças, talvez fosse meio inevitável que Adriane Galisteu e Ana Hickman entrassem em rota de colisão.

As duas andaram se estranhando em meados do ano passado, quando Adriane entrevistou Chris Flores, ex-colega e atual desafeto de Ana. A loura da Record achou que a loura da Band estava preferindo um dos lados nessa picuinha e fechou o tempo. Agora se abriram as portas do inferno, e só por causa de uma frase infeliz de Adriane em seu programa "Muito +".

"A única coisa que eu espero na vida dela é um filho, porque eu acho que vai melhorar muito o jeito dela". Talvez Adriane estivesse apenas querendo dizer que ter um filho mudou muito o jeito dela, Adriane, e que a maternidade é algo que faz bem para todas as mulheres. Mas o que saiu de sua boca estava mais para um tapa com luva de pelica.

A guerra entre as louras foi explorada ao máximo pelo "Pânico" de domingo passado, que dedicou quase doze minutos à cobertura deste evento transcendental (e que lhe rendeu o primeiro lugar na audiência daquela noite). Uma e outra até que foram mutuamente compreensivas, mas o caldo entornou de vez com as declarações do marido de Ana Hickmann.

Alexandre Corrêa foi extraordinariamente grosseiro com Adriane Galisteu e despejou uma enxurrada de palavrões em frente às câmeras. No dia seguinte, Adriane, que parecia buscar uma conciliação na noite anterior, mudou de tom: em seu programa vespertino, citou uma música de Clara Nunes e disse que Alexandre estava "com a moral enterrada na lama".

O cara é mais um exemplo de uma galeria que não para de crescer: a dos maridos de famosas que pegam especialmente pesado na hora de defender suas amadas. É justificável? Claro que é: afinal, todo mundo espera que o macho defenda sua fêmea quando esta for ameaçada.

Mas às vezes o estrago é maior do que a rusga inicial, e o passo em falso que poderia ser esquecido rapidamente se transforma num escândalo de grandes proporções. O primeiro exemplo que me vem à cabeça é Marcos Buaiz, o marido de Wanessa Camargo.

A piada de Rafinha Bastos sobre a cantora e seu bebê teria passado batida se o empresário, que é sócio de Ronaldo "Fenômeno" numa agência de propaganda, não tivesse pressionado a Band pela demissão do humorista. E o "affair" repercute até hoje, marcando para sempre a carreira de todos os envolvidos.

Lembro também de Carlos Eduardo Baptista, o ciumento marido de Juliana Paes. Fofocas de bastidores dão conta de que foi ele quem quis processar o colunista José Simão, da "Ilustrada", por causa das gracinhas constantes que tinham sua mulher como alvo. Resultado: muito mais gente ficou sabendo das tais gracinhas.

É lindo e galante que estes cavaleiros defendam suas donzelas. Mas maridos de celebridades também precisam entender que elas vivem expostas na vitrine, e que piadas e críticas fazem parte do pacote. Caso contrário, acabam transformando pequenas marolas em tsunamis furiosos, com consequências imprevisíveis para imagens e reputações.

Tony Goes

Tony Goes (1960-2024) nasceu no Rio de Janeiro, mas viveu em São Paulo desde pequeno. Escreveu para várias séries de humor e programas de variedades, além de alguns longas-metragens. Ele também atualizava diariamente o blog que levava seu nome: tonygoes.com.br.

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