O bullying contra quem não vê 'Game of Thrones'
O que você achou do último episódio de “Game of Thrones”? Ah não, vai me dizer que você nunca viu “Game of Thrones”?! Em que mundo você vive, meu Deus?! Esse bullying está sendo vivido por centenas de pessoas no trabalho desde segunda (27).
Fique tranquilo: estou com você.
Até agora não passei dos três primeiros episódios – da PRIMEIRA temporada.
É como se há 20 anos eu tivesse visto só a velhinha começando a falar com o pesquisador (o Bill Paxton) sobre o Titanic e nem tivesse chegado na parte em que ela volta no tempo e vira a Kate Winslet.
Muito menos na parte em que o navio afunda.
É engraçado sentir como esse "buzz" passou do cinema para a TV.
Há poucos dias, era a quarta temporada de “Orange Is The New Black”, da Netflix, que deveria ser devorada em um fim de semana por qualquer pessoa.
Se você teve que cuidar da sua mudança ou passou o fim de semana passeando com a família, na segunda não é ninguém no trabalho.
Já me acostumei a ser essa espécie em extinção que nunca vê as grandes séries – a última que acompanhei do começo ao fim deve ter sido “Friends”, que já terminou há 12 anos (meu Deus, como estamos velhos...).
“Lost” parei na terceira temporada, justo antes de o Rodrigo Santoro entrar – embora minha irmã tenha insistido por meses que eu devia ver até o final.
Talvez o meu problema seja ter uma alma de velho que ainda gosta de ver novela.
Para os mais novos, vou explicar: é uma história exibida de segunda a sábado, durante oito meses sem parar, e que depois desaparece no tempo, sem novas temporadas.
Quer dizer, isso na Globo.
A Record curte uma segunda temporada de novela, dos "Mutantes" aos "Dez Mandamentos".
Não é que eu seja contra as séries, muito pelo contrário – é claro que elas têm a chance de construir uma história mais enxuta, com personagens mais densos, do que um novelão de oito meses.
Mas acabo sempre me interessando por aquela série pouco vista, que quase ninguém dá bola e não merece muita divulgação.
Alguém vê “Bloodline”, da Netflix? É uma das séries menos vistas do catálogo deles, mas é um drama de família de dar inveja a qualquer novela de Manoel Carlos.
Também não vejo a hora de sair a terceira temporada de “Transparent” e curti “Wayward Pines”, uma mistura de “Lost” com “The Walking Dead”.
Juro que não é vontade de ser o diferentão.
Prometo me esforçar.
Tenho dez meses pela frente se quiser me atualizar com GoT e prometo me dedicar às presidiárias de “Orange”.
Para voltar a ter algum assunto com os colegas.
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