Ator "highlander" é salvo pela Globo com caçamba acolchoada em "Amor à Vida"
Quem assistiu ao episódio de "Amor A Vida" na última segunda-feira (27) pode ter achado que, em vez da novela, estava assistindo ao filme "Highlander" (com Christopher Lambert) ou mesmo a um episódio de "Dragon Ball".
Isso porque o folhetim apresentou uma das cenas mais bizarras e inverossímeis da história da dramaturgia brasileira.
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RISCOU A PEIXEIRA
Na cena em questão, Aline (Vanessa Giácomo) seduz o amante Ninho (Juliano Cazarré) no segundo andar de um galpão. Ele está amarrado na cama e acha que vai começar um quente rala e rola com a amante (qualquer semelhança com a cena em que Thammy Gretchen amarra e depois prende Adriano Garib em "Salve Jorge" deve ser coincidência, né?), mas ela reserva para o ex-amado é uma peixeira de quase 30 centímetros. Aline esfaqueia Ninho por oito vezes no tórax, região que abriga, entre outros órgãos vitais, o coração, pulmão, intestinos, estômago e até o plexo solar. São facadas profundas. A cena é sanguinolenta.
SÓ MESMO A FICÇÃO
Mas vocês acham que Ninho morreria tão "facilmente". Qual o quê! Mesmo esvaindo litros de sangue, ele ainda gasta energia praguejando contra a víbora traidora, que, obviamente, ainda lhe conta todo seu plano de fuga em avião —e na primeira classe (já notaram como os novelistas sempre adoram fazer os personagens falar em voz alta seus pensamentos e planos macabros?). Ninho mais perfurado que um escorredor de macarrão ainda reúne forças para escapar das amarras da cama e rastejar até a janela, que está bloqueada...
COLCHÃO ERA ORTOPÉDICO?
Ainda vazando mais que um saquinho de Chup-Chup® na boca de uma criança formigona, Ninho consegue abrir caminho (há um buraco) na parede, olha para baixo e lá está, assim como quem não quer nada, uma cômoda caçamba cheia de lixo macio. Nem seria tão surpreendente já que as caçambas grassam pela cidade. O problema mesmo é que, quis o destino, justamente aquela caçamba estivesse forrada de colchões. Ninho acerta o alvo macio em cheio, e imediatamente um homem aparece para ajudá-lo, mas nem era preciso, porque a ambulância já estava chegando.
TA-DÁÁÁÁÁÁ!
Juliano Cazarré, o primeiro Super Sayajin da história da Globo.
BREAKING BAD?
Tanta propaganda, investimento, material distribuído, coletiva, festa com bolo e... a sensacional, fabulosa, inacreditável e impressionante série "Breaking Bad", que tanto sucesso fez nos EUA, anda fazendo água no Brasil. Não é de se admirar. Não é de hoje que seriados considerados "o máximo" pela crítica, cultuados como religião e elogiados como o suprassumo da vida inteligente dão com os burros n'água quando exibidos no Brasil...
VERY BAD!
"Breaking Bad" estreou em 14 de janeiro com 6 pontos de média na Grande São Paulo (cada ponto = 65 mil domicílios; sim, o ibope mudou de novo a metodologia de acordo com dados populacionais do IBGE). Na terça-feira última, essa média já havia caído para 3 pontos. O seriado nunca mais obteve os mesmos 6 pontos da estreia.
GUERRA DE EGOS E ALTER-EGOS
Silvio Santos bem que queria Gugu Liberato de volta ao SBT este ano, mas não imaginava que haveria tanta gente dentro da emissora contrária à volta do apresentador. Em muitos casos, trata-se apenas de picuinha, de gente com pouco o que fazer, e que desperdiça tempo falando mal dos colegas. Em outros casos, porém, a pressão pelo não retorno vem de gente que teme perder espaço na emissora caso Gugu volte. E não é só artistas, não. Há diretores, produtores e até pessoal técnico que está preocupado em manter o status quo.
SOOOOOOBE
Cátia Fonseca e Mamma Bruschetta, no "Mulheres", Gazeta
Existem milhares de quadros de fofoca sobre famosos na TV e no rádio, mas nenhum é tão respeitoso e simpático quanto o do programa "Mulheres". Embora a matéria-prima ali seja de fato a fofoca pura, as notícias e rumores são dados com cuidado e até carinho por parte de Cátia e Mamma. Não há apelações, maledicências, boatos do mal, agressões, ofensas, insinuações baixas e nem nada. Um quadro levinho (diferentemente da Mamma... hehehehehe).
DEEEEEESCE
"A Teia", na Globo
Vira e mexe a Globo lança algum novo produto de ação, com linguagem obviamente inspirada no cinema. Cenas eletrizantes de perseguição de carros, muito armamento pesado, "parceiros" de crime e sempre um plano mirabolante para tornar os criminosos milionários. No caso da série "A Teia", até aqui, o maior problema são as longas sequências só de imagens, sem falas, sem história, enfim. Talvez a Globo devesse manter seu próprio estilo e não tentar copiar formatos estrangeiros ou mesmo a linguagem do cinema. Ela fala bem sua própria língua. Mas as outras...
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