'Se eu tivesse um nome feminino, não ia passar tanta verdade', diz Pabllo Vittar
Para a cantora e drag queen Pabllo Vittar, 22, optar por um nome artístico feminino "nunca foi uma necessidade".
"Acho que se eu tivesse um nome feminino, não ia passar tanta verdade. Não gosto de me trancar em uma caixa. Gosto de ser afeminada, de ser isso aqui, de sair na rua às vezes de boné. Eu gosto de ser o que eu quiser ser", disse a artista.
Nesta quarta (9), Pabllo esteve no programa "Encontro", apresentado por Fátima Bernardes, na Globo.
"Nunca senti a necessidade de optar por um nome feminino porque, quando eu decidi fazer drag, eu queria passar verdade através da minha arte, música, do que eu acho que sou eu. Pabllo me representa de uma forma que você não tem noção", disse à apresentadora.
INFÂNCIA E PRECONCEITO
A Fátima, Pabllo também falou sobre dificuldades durante a infância.
"Desde que eu era pequenininho, sempre tive noção de que eu era diferente e que não ia seguir os caminhos que um homem que nasceu com genitália masculina tinha que seguir: casar, ter filhos. [...] Sabia que ia fazer alguma coisa no mundo para deixar minha marca."
PARCERIAS
Pabllo, que recentemente gravou uma participação no clipe "Sua cara", da cantora Anitta, agora divulga outra parceria, desta vez com Preta Gil na música "Decote".
No fim de agosto, Pabllo estará no palco do "Criança Esperança", também da emissora carioca. No show da atração anual, que visa arrecadar doações para projetos sociais, ela cantará com Sandy.
SUCESSO
Em entrevista exclusiva à Folha, a drag, cujo nome verdadeiro é Phabullo Rodrigues da Silva, descreveu como "fluido de gênero". "Sou drag queen só quando tem que ser. É igual a chapéu: coloco e tiro na hora em que preciso. Não sou drag 24 horas. Eu amo ser Pabllo desmontado e sair de camisa e boné na rua", disse.
Mas é na personificação da drag queen Pabllo Vittar que ela tem chamado a atenção do público, da crítica e de artistas. Suas músicas dançantes figuram no topo das paradas de streaming, como Deezer e Spotify, além do YouTube, onde tem mais de 160 milhões de visualizações.
Em pouco mais de um ano, a cantora viu sua agenda lotar, seu cachê saltar de R$ 2.000 para R$ 50 mil e sua persona se tornar símbolo LGBTQ.
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