Padrão se diz mais 'confortável' no 'MasterChef': 'Quando o tom fica muito alto, tenho que subir o meu também'
A última temporada do "MasterChef" (Band), finalizada em dezembro, foi marcada, entre outras coisas, por polêmicas sobre machismo e pela postura mais enérgica de Ana Paula Padrão no programa.
A apresentadora discutiu com participantes e soltou indiretas e comentários ácidos. No último episódio, batizado de "A Reunião", ela assumiu um tom professoral para explicar o que é feminismo. E quem não se lembra de sua reação ao ser chamada de leiga por João, o cozinheiro pernambucano?
Para a versão amadora do reality que estreia nesta terça (7), o público pode esperar uma Ana Paula tão ou mais afiada que a do ano passado. "É verdade que estou mais confortável, mas também os candidatos chegam mais dispostos a colocar suas opiniões", diz ao "F5".
Ela relembra aos risos o momento tenso com João. "Ele estava reclamando do julgamento [dos chefs Jacquin, Paola e Fogaça] para mim, por uma questão de hierarquia, óbvio que... ". Pausa para uma observação: "Apesar que ele andou reclamando também para os chefs. Mas é mais difícil falar disso com os jurados do que comigo".
Para a apresentadora, os candidatos enfim entenderam o papel dela dentro do jogo. "Com os chefs, eles usam argumentos culinários, comigo falam quem são, o que defendem na vida. Quando se dirigem a mim, sabem que tipo de crítica fazer, posso ser uma peça importante no desempenho deles aqui dentro."
Ana concorda que seus comentários, às vezes, desagradam os competidores —"Alguns ficam furiosos"—, mas diz acreditar fazer parte da dinâmica do reality. "Quando o tom da crítica fica muito alto, tenho que subir o meu também, né?"
E foi o que fez quando interrompida por Marcelo, um dos finalistas da última temporada, exigiu que ele se calasse enquanto ela falava. Ver que o programa tenha suscitado debates sobre machismo, aliás, a agrada.
"A grande beleza do MasterChef está em ele ser um espelho das discussões da sociedade. Episódios como esses aconteceram na primeira e na segunda temporadas e não viraram assunto. Há dez anos eu falo sobre o feminismo e ficava pregando para o nada. Agora, mesmo diante de algo que não necessariamente é machismo, as pessoas querem falar. "
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