Celebridades

"Piada em SP é correr contra o tempo", diz Tom Cavalcante

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Prestes a completar 50 anos, mais de 15 na capital paulista, o cearense Tom Cavalcante brinca que nunca deixou o Nordeste. Logo que chegou, adotou ruas como Alagoas e Aracaju, em Higienópolis, para morar.

A mudança para São Paulo ocorreu com as gravações de "Sai de Baixo", da TV Globo, feitas no teatro Procópio Ferreira de 1996 a 2001. "Estava gostando daqui e decidi ficar", diz ele, que está em cartaz com "No Tom do Tom" no Comedians.

Crédito: Maria do Carmo/Folhapress O comediante cearence Tom Cavalcante --que está em cartaz com o show "No Tom do Tom"-- em sua casa, em Higienópolis
O comediante cearence Tom Cavalcante --que está em cartaz com o show "No Tom do Tom"-- em sua casa, em Higienópolis

O que é piada pronta em São Paulo?
Somos nós vivendo com o espectro do horário, com essa agenda complicada, correndo contra o tempo. Você acorda muito cedo, toma banho muito rápido, dispara para tomar seu café às pressas e aí você liga a televisão e ouve a mulher dizer que vai chover e que a poluição e o trânsito estão horríveis.

O paulistano é bem-humorado?
Ele vive muito em função do clima. Quando São Paulo está com a cara um pouco carrancuda, o paulistano se irrita. Em uma manhã de sol, ele muda muito, vai para o parque. Aí é uma grande festa.

Que personagem da cidade renderia boas imitações?
Aquele cara [João Antonio Lara Nunes] que fica de paletó parado em vários pontos exibindo um carro amarelo. Já tive vontade de descer para conversar, mas fiquei com receio de ele achar que é pegadinha. Tenho curiosidade de saber o que é aquela performance. Até pensei em fazer isso para divulgar um show.

Onde se pode encontrar uma figura como João Canabrava?
Em qualquer esquina de universidade. Hoje existe uma relação muito intensa entre faculdade e bar. Não sei se é química que eles estão estudando, de como é feita a transformação de cerveja em xixi. Mas em toda a esquina de faculdade tem, no mínimo, um bar.

Já viveu uma situação inusitada aqui?
Minha primeira vez em São Paulo foi inusitada. Em 1983, eu era radialista e o dono da rádio me convidou para o aniversário da Hebe Camargo, no Morumbi. Eu tinha um conhecido que estava fazendo curso na Rota [batalhão da Polícia Militar] e fui dormir lá na cavalaria. Depois aluguei um smoking e fomos para a festa. Lá, vi um mundo de estrelas, que antes só conhecia por revistas.

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