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Filho de leão Cecil é morto por caçadores de troféus no Zimbábue

Xanda, filho de Cecil, em foto tirada em 29 de maio de 2017
Xanda, filho de Cecil, em foto tirada em 29 de maio de 2017 - Reprodução Facebook/Bert Duplessis


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O leão Xanda, de seis anos, foi morto por caçadores de troféus, liderados por Richard Cooke, próximo ao Parque Natural de Hwange, no Zimbábue.

Xanda foi baleado no dia 7 de julho, mas sua morte só foi divulgada nesta quinta-feira (20) depois de os pesquisadores de leões de Hwange, liderados por Andrew Loveridge, da Universidade de Oxford e que tem trabalhado no parque, receberem de Cooke o colar de rastreamento GPS.

O leão Xanda teve o mesmo fim trágico que seu pai, o leão Cecil, morto pelo dentista norte-americano Walter Palmer em 2015. Na época, o ministro do meio ambiente Muchinguri-Kashiri afirmou que não iria processar Palmer porque que ele tinha uma licença para caçar no país.

Na época, Palmer disse que não sabia que Cecil era uma atração conhecida do Parque Nacional. O caçador teria pago cerca de US$ 65 mil para atirar e matar o leão Cecil. A primeira flecha não foi suficiente para matar Cecil, que caminhou agonizante pelo parque durante 40 horas. Os pesquisadores encontraram apenas seu corpo, decapitado e sem pele.

"Não podemos acreditar que o filho de Cecil também teve o mesmo terrível destino do pai”, escreveu o Parque Natural de Hwange, em sua conta no Facebook.

"Ele era monitorado quase que diariamente e estávamos cientes de que Xanda e sua alcateia passavam muito tempo fora do parque nos últimos seis meses, mas não há nada que possamos fazer sobre isso", disse  Andrew Loveridge, em entrevista ao jornal "The Telegraph".

Loveridge disse ainda que Richard Cooke é um dos "bons" caras. "Ele é ético e devolveu o colar e comunicou o que havia acontecido. Sua caça era legal e Xanda tinha seis anos, então, tudo está dentro da regulamentação."

Segundo o jornal britânico, Cooke é um famoso caçador profissional que mora em Victoria Falls, uma pequena cidade no extremo norte do Zimbábue, praticamente na fronteira com a Zâmbia. Ele foi procurado, mas não atendeu aos telefonemas nem revelou o nome de seu cliente --a maioria dos atiradores de leões são dos EUA, Reino Unido, Alemanha ou África do Sul.


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