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Instituição que estudava leão Cecil obteve quase R$ 3 milhões em doações

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Chocadas com a morte de Cecil, o leão, várias pessoas doaram mais de meio milhão de libras para a proteção da espécie, informou nesta terça-feira (4) a instituição que há anos estudava o animal, abatido por um caçador americano no mês passado.

A Unidade de Conservação e Pesquisa de Vida Selvagem (WildCRU) da prestigiada universidade britânica Oxford, que pesquisava Cecil desde 2008, anunciou que mais de 550 mil libras (R$ 2,9 milhões) foram recebidos em forma de doações durante a semana passada.

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Segundo a instituição, a quantia permitirá que as pesquisas sejam estendidas para além do Zimbábue.

"Apoiados pela inacreditável generosidade destes doadores, nós vamos nos dedicar ao trabalho de preservar os leões em Hwange e também nas regiões vizinhas", afirmou o diretor da instituição, David Macdonald.

A morte, em 1º de julho, do leão Cecil, de 13 anos, tão querido pelos visitantes do Parque Nacional Hwange, provocou a revolta internacional contra o rico dentista americano Walter Palmer, que pagou US$ 55 mil pela caça na qual o leão foi atraído para fora do parque e morto como um troféu.

As doações, feitas através do site da instituição, vão bancar o treinamento de zimbabuanos para a conservação local, patrulhas contra a caça ilegal e dispositivos de localização para leões, que custam cerca 1,5 mil libras.

"Acredito que o engajamento internacional com a história de Cecil transcende seu trágico destino e é um sinal de que as pessoas se importam com a preservação e querem que isto seja refletido na forma como a humanidade vive lado a lado com a natureza no século XXI", disse Macdonald.

"Nós nos sentimos inspirados por este apoio e vamos trabalhar incansavelmente para desenvolver a ciência e o entendimento que permitirão aos animais selvagens e às pessoas coexistirem pelo bem-estar de ambos", acrescentou.

As companhias aéreas americanas Delta e American baniram na segunda-feira (3) o embarque de troféus de caça em seus voos, como consequência da indignação provocada pela morte do leão Cecil.


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