Labrador da PM é ameaçado de morte pelo tráfico por faro aguçado
Recordista em farejar armas e drogas em favelas cariocas, Boss ("chefe", em inglês), um labrador de cinco anos do Batalhão de Ações com Cães da PM, virou o inimigo nº 1 dos traficantes.
O cão é responsável por apreensões de uma metralhadora antiaérea calibre.30, capaz de derrubar aeronaves, um fuzil AK-47, pistolas, granadas e mais de meia tonelada de maconha, cocaína e crack, em favelas da zona norte.
A PM afirma que Boss foi ameaçado de morte por traficantes que ordenavam por rádio que se atirasse no cão, logo após a ocupação policial no Complexo de Manguinhos (zona norte), no último dia 14.
"A gente costuma entrar em todas as comunidades com radiotransmissores para pegar a frequência dos traficantes. Foi aí que a gente ouviu 'pega o marronzinho, pega o marronzinho'. Fizemos um perímetro maior de segurança dele para protegê-lo de um possível ataque", disse o tenente Daniel Resende Aguiar, que comanda as operações com cães em favelas.
Segundo ele, o procedimento é fazer a segurança do animal num perímetro de 360 graus. Ele diz que Boss passou a ser temido por desvendar esconderijos inusitados.
No domingo, o labrador localizou 300 kg de maconha numa parede falsa, dentro de uma casa vazia em Manguinhos. Ontem, achou dois sacos com a droga na beira de um valão e numa casa abandonada, na mesma comunidade.
Segundo Aguiar, é a primeira vez que o batalhão registra ameaças contra um cão. Ele diz que nunca nenhum animal morreu em combate. No total, a PM do Rio tem oito cães farejadores.
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