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Quem é o fotógrafo atingido por bomba no jogo entre Atlético-MG e Flamengo

Nuremberg José Maria acompanhou as principais partidas de futebol de times mineiros em 2024, é autônomo e trabalhou por dez anos na BBC de Londres

Em foto colorida, homem de camisa da seleção brasileira posa em frente  a um estádio de futebol
O fotógrafo Nuremberg José Maria é um dos profisisonais mais conhecidos no meio do esporte mineiro - Reprodução/Instagram
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Rio de Janeiro

O fotógrafo Nuremberg José Maria, 67, é figura fácil à beira dos gramados de futebol (e das quadras de vôlei) de Minas Gerais, mas agora terá que ficar um tempo afastado do trabalho. Atingido por uma bomba arremessada pela torcida do Atlético-MG na final da Copa do Brasil contra o Flamengo, ele passa bem após se submeter a uma cirurgia ainda na noite de domingo (10), mas ainda não há previsão de alta.

Nuremberg, conhecido como Berg, é um dos profissionais mais conhecidos da capital mineira e teve três dedos quebrados, rompeu tendões do pé, além de sofrer lesões no corpo com a explosão do artefato. Autônomo, é dono de uma agência que leva seu nome, e trabalhou por mais de 10 anos na BBC de Londres. Fez coberturas de shows de Lionel Richie, Beyoncé, Elton John, entre outros, na capital inglesa.

Berg esteve nas Olimpíadas de Paris e acompanhou de perto praticamente todos os jogos das equipes mineiras de futebol este ano —seja no estadual, no Brasileirão, na Copa do Brasil ou na Libertadores.

Ele tem três filhos, Djeniffer, Bianca e Ícaro, e é avô carinhoso de duas meninas: Claire e Ester, que o chamam de "vovô Beleza". Em suas redes, o fotógrafo deixa evidente o prazer que o trabalho lhe proporciona e não hesita em tirar selfies ao lado de seus ídolos do esporte.

Após o jogo em que o profissional foi ferido, a Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos no Estado de Minas Gerais (Arfoc-MG) emitiu uma nota de repúdio e ressaltou que já havia relatado casos semelhantes à administração da Arena MRV, pedindo a implementação de medidas de segurança.

O árbitro da final, Raphael Claus, registrou na súmula que bombas foram arremessadas no gramado, vindas da arquibancada onde estava a torcida do Atlético-MG, em quatro momentos diferentes: aos 9 minutos, aos 49, aos 50 e aos 52 minutos de jogo. Os artefatos explodiram próximos aos jogadores. Copos plásticos também foram lançados em quatro situações da decisão da Copa do Brasil, vencida pelo Flamengo por 1 a 0.

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