Quem é a influenciadora do 'Clara in Casa' que foi citada na CPI das fake news
Empresária Taiza Krueder é proprietária de grupo hoteleiro e adotou bordão famoso em vídeos
O nome verdadeiro dela pode não soar tão familiar, mas o bordão usado pela empresária e chef de cozinha Taiza Krueder ficou muito famoso na internet. "Olá. Bem-vindos ao Clara in Caaasa" é a forma com que Taiza abre os vídeos de receita que compartilha nas redes sociais.
Não, ela não se chama Clara. O "Clara in Casa" é uma referência ao Clara Resorts, empreendimento de hotelaria ecológica do qual Taiza é proprietária e CEO. Em entrevista ao G1, ela explica que a ideia dos vídeos de receitas veio com o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19.
O objetivo do "Clara in Casa" compartilhar as receitas de Taiza e do time de gastronomia do Clara Resorts para que sejam feitas em casa. Deu tão certo que Taiza lançou em dezembro de 2022 o livro "O sabor de compartilhar", com 70 receitas, vendido por R$ 137 reais na Amazon.
A internet se diverte com a frase que abre os vídeos de Taiza. O jeito como a empresária fala "Clara in Casa" é tema de comentários nas redes sociais. "Não consegui ver a receita direito, só fico voltando pra ouvir ela falando Clarincaaaaaãása", escreveu Suzane Camila em uma das publicações mais recentes do Instagram do Grupo Clara Resorts. "Eu assisto o vídeo depois volto umas três vezes só pra ouvir ela falar olá bem vindos ao clara in casa", disse Pamela Brasiliano.
Taiza é mãe de três filhos e casada com o empresário Jan Krueder. O Grupo Clara Resorts começou como uma pequena pousada e hoje são 02 unidades, Santa Clara Eco Resort —cuja diária por casal começa em R$ 1.300 e pode chegar até R$ 3.600— e Clara Ibiúna Resort —com diária por casal de até R$ 4.100.
CPI das Fake News
O nome de Taiza foi citado em uma audiência da CPI das fake news em 4 de dezembro de 2019. As citações vieram do senador Rogério Carvalho (PT-SE), que acusou a empresária de ter arrecadado recursos para a campanha de Jair Bolsonaro (PL) e estar relacionada a um grupo de propagação de notícias falsas nas eleições de 2018.
"A Sra. Taiza Krueder Brawn, de quem eu tive informações que reuniu um grupo, aquele grupo, talvez aquele grupo que a senhora apresentou ali naquela foto, essa senhora era a responsável pela captação de recursos para financiar essa milícia digital na pré-eleição e posterior?", questionou o senador à deputada federal Joice Hasselmann.
"Segundo informações, a Sra. Taiza Krueder Brawn disse que dinheiro não era problema e ofereceu 10 milhões entre o primeiro e o segundo turno para financiar esse tipo de atividade e as notícias falsas que seriam veiculadas nesse período", explicou Rogério Carvalho.
Joice Hasselmann responde: "Em relação a essa Taiza, eu acho que eu não a conheço. Eu não me lembro dela, mas ouvir falar alguma coisa que ela seria ligada a um hotel. Eu ouvi falar alguma coisa a esse respeito. Mas aí também fica... Eu não tenho nenhuma prova sobre isso. Eu ouvi falar. Dessa história que o senhor ouviu, eu também ouvi falar. Se eu não me engano, essa moça é ligada a um hotel. Mas eu estou dizendo tudo em hipótese, porque eu não me lembro, eu não tenho relacionamento com ela. Pode ser que eu a tenha visto em algum momento."
Ao G1, Taiza negou envolvimento com milícias digitais e propagação de notícias falsas.
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