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CCXP: Astros se surpreendem com gritaria dos brasileiros; filas testam paciência dos fãs

Estúdios disputaram a atenção dos frequentadores com experiências, espaços instagramáveis e brindes

Keanu Reeves se ajoelha no palco da CCXP22 - Leo Franco-3.dez.2022/AgNews
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São Paulo

Keanu Reeves se ajoelhou para agradecer a recepção. Paul Rudd disse que foi a melhor que já teve. Já Hugh Grant se surpreendeu com o fato de ter uma criança dormindo na frente do palco, mesmo com tanto barulho.

Quase tudo foi motivo para muitos gritos e aplausos entusiasmado dos fãs durante os painéis da Comic Con Experience 2022, a feira de cultura pop que se encerrou neste domingo (4) no São Paulo Expo, na zona sul da capital. Trata-se do maior evento do tipo em todo o mundo —os números superam o da tradicional Comic Con de San Diego, na qual a CCXP, como também é chamada, se inspirou.

O público estava ávido pelo retorno da feira, que não era realizada no modelo presencial desde 2019. Em 2020, ela foi cancelada por causa da pandemia de coronavírus e, nos dois anos seguintes, ocorreu apenas de forma virtual.

Tanto que, para quase todo mundo que subia ao palco Thunder, o principal do evento, o público brasileiro era "o melhor", "o mais empolgado" ou o "mais barulhento". "É muito carinho, nem sei o que fazer", confessou a atriz Bella Ramsay, conhecida pelo papel da nobre Lyanna Mormont em "Game of Thrones". Ela esteve na feira com Pedro Pascal para promover a série "The Last of Us", que estreia em 2023 na HBO Max.

Jenna Ortega, a protagonista de "Wandinha", série que recentemente se tornou a mais assistida em língua inglesa da Netflix em todos os tempos, usou um pouco do humor ácido da personagem para falar sobre o jeito efusivo de quem encontrou por aqui. "Acho que ela [Wandinha] ficaria sobrecarregada", avaliou, com bom humor. "Ela ficaria irritada, as pessoas encostam demais."

Durante o painel, ela ainda aceitou o desafio de responder a uma pergunta inteira sem piscar, algo característico de sua personagem. Os olhos se encheram de lágrimas, mas o importante era satisfazer os fãs, que —claro— foram à loucura.

Assim como quando Zoe Saldaña, de "Avatar", elogiou o desempenho da nossa seleção na Copa. E quando Ismael Cruz Córdova, o primeiro elfo negro do universo de "O Senhor dos Anéis", gastou o português lendo uma mensagem de próprio punho sobre o amor que recebeu dos brasileiros. Aliás, quase todos os atores estrangeiros arriscaram no mínimo um "obrigado" ou "boa tarde" para fazer um afago aos fãs.

No entanto, para conferir momentos como esses, não bastava ter comprado o ingresso para o evento. Quem não era convidado dos estúdios, precisava enfrentar uma fila que podia chegar a durar várias horas. Para garantir lugar, só madrugando.

E, mesmo assim, ainda era possível ficar sem ver a atração desejada. No sábado (3), os fãs especulavam o que seria um "momento surpresa", que não tinha maiores detalhes na programação. Se deu bem quem esperava que fosse o lançamento do pôster do filme "Besouro Azul", da DC Comics, que conta com a brasileira Bruna Marquezine no elenco. Ela e o protagonista, Xolo Maridueña, estavam presentes.

"Teve um friozinho na barriga diferente, de sentir que eu de alguma forma agora faço parte desse universo [nerd]", comentou a atriz durante o Unlock, evento de negócios com programação paralela à CCXP. "Acho que tem que ser feriado nacional na estreia [do filme], ninguém inventa de ficar doente nem nascer nesse dia (risos)."

Quem não fazia questão de ver os atores cara a cara, podia circular pelo pavilhão, onde estúdios e plataformas de streaming disputavam a atenção de quem passava com experiências, espaços instagramáveis e brindes.

Era possível, por exemplo, atravessar uma ponte de vidro como a vista na série coreana "Round 6", no estande da Netflix; fingir ser uma boneca e posar dentro de uma caixa gigante da Barbie, no espaço da Warner; ou entrar numa réplica do barco que deveria ter levado Galadriel (Morfydd Clark) para Vallinor em "Anéis do Poder", da Amazon Prime.

Difícil mesmo era conseguir visitar muitas dessas atrações, já que para cada uma delas era preciso esperar a vez ou, com sorte, agendar horário por meio de aplicativos específicos. Até para fazer compras em algumas das lojinhas de produtos licenciados a entrada era controlada.

Nada, no entanto, se comparava à dificuldade para chegar e sair do evento, que deu um nó nas ruas próximas à saída da rodovia dos Imigrantes que levava ao pavilhão de eventos. No sábado, era preciso esperar até 2 horas para conseguir um carro de aplicativo na região.

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