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Pistola de verdade com aparência de brinquedo causa polêmica nos EUA

A Lego notificou empresa por semelhança com seus produtos

Block19 - Pistola de verdade com aparência de brinquedo causa polêmica nos EUA
Pistola de verdade com aparência de brinquedo causa polêmica nos EUA - Instagram/ culperprecision
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Washington
AFP

Uma empresa americana gerou polêmica ao comercializar uma pistola que lembra um brinquedo da marca Lego, enquanto as armas de fogo matam centenas de crianças todos os anos nos Estados Unidos.

A iniciativa levou a fabricante dinamarquesa dos brinquedos a notificar formalmente a empresa em questão. “Nossa organização entrou em contato com a Lego, que enviou uma carta de notificação formal ao fabricante irresponsável de armas”, tuitou nesta terça-feira (13) Shannon Watts, fundadora da associação Moms Demand Action, que pressiona por leis de armas mais estritas.

Perigosamente semelhante a um brinquedo criado com peças de Lego, a arma semiautomática da empresa Culper Precision foi batizada de "Block19" e custa entre US$ 549 (R$ 2.700) e US$ 765 (R$ 3.800). "Este é um dos nossos sonhos de infância se tornando realidade", anunciou a empresa em uma publicação feita em junho no Instagram promovendo a arma.

"As pistolas são divertidas. Atirar com uma arma é divertido”, dizia a página dedicada ao produto na internet, que foi removida. "É irresponsável e perigoso além do imaginável. Mesmo quando as armas não parecem brinquedos, as crianças podem usá-las", tuitou Shannon Watts.

O presidente da Culper Precision, Brandon Scott, confirmou ao jornal The Washington Post que recebeu a notificação formal da Lego e que decidiu atender a seus pedidos, após vender menos de 20 pistolas.

No Instagram, a empresa afirmou que "construímos o Block19 para criar uma oportunidade de falar sobre o prazer dos esportes de tiro e a alegria que só pode ser encontrada na prática e no treinamento de tiro ao alvo" e salientou que "as pessoas têm o direito de personalizar sua propriedade para que ela se pareça com o que quiserem".

A polêmica surge no momento em que o presidente Joe Biden faz do combate à "epidemia" de violência armada nos Estados Unidos uma das prioridades do seu mandato. Biden apresentou em junho medidas para conter a proliferação de armas de fogo em nível federal, mas o Congresso está dividido e os democratas tentam fazer o projeto avançar.

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