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Músico que coletava sons da natureza é morto por urso durante expedição

Os ataques de ursos-pardos não provocados são geralmente muito raros
Os ataques de ursos-pardos não provocados são geralmente muito raros - BBC News/AFP
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Descrição de chapéu BBC News Brasil

Um homem franco-canadense morreu depois de ser atacado por um urso-pardo em uma área remota do Canadá na semana passada, anunciou a polícia na segunda-feira (19). Julien Gauthier, um músico de 44 anos, foi surpreendido pelo animal durante o sono.

Ele estava viajando pelo rio Mackenzie em uma expedição para gravar sons da natureza para um projeto musical. Ataques de ursos-pardos sem que os animais sejam provocados são muito raros, dizem as autoridades de conservação ambiental da área.

No dia 15 de agosto, aproximadamente às 7h45, a polícia do Canadá foi alertada pelo lançamento de um sinal de socorro na área de Tulita, no rio Mackenzie, nos Territórios do Noroeste, área isolada acessível apenas por via marítima ou aérea.

ATAQUE DURANTE A NOITE

Camille Toscani, bióloga que viajou com Gauthier e fez o alerta, disse que ele foi arrastado por um urso-pardo no meio da noite, enquanto dormia na margem do rio. A polícia enviou um helicóptero para a área para procurar o músico. Seu corpo acabou sendo encontrado no dia seguinte.

Gauthier, que era compositor e sonoplasta, planejava descer o rio Mackenzie de Fort Providence a Inuvik (cerca de 1.500 quilômetros), como disse em uma plataforma de crowdfunding para explicar seu projeto.
Ele nasceu e cresceu no Canadá com seus dois pais franceses, mas mudou-se para a França aos 19 anos.

A orquestra francesa Orchestre Symphonique de Bretagne prestou homenagem a Gauthier em redes sociais, dizendo que ele era "um homem sensível, generoso e talentoso" que tinha "um senso de aventura e inteligência raros".

"Era o sonho dele ir para lá", disse Toscani. "Ele me pediu para participar desta aventura, nós pensamos nisso há três anos. Ficamos muito felizes em poder fazer isso. Ele era um artista único, inspirado por espaços abertos e pela natureza", disse ela ao jornal francês Le Parisien.

BBC News Brasil
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