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Fãs de Sandy e Junior perdem namorado e gastam até R$ 15 mil para ver shows da turnê

Trio do Rio criou websérie para acompanhar retorno da dupla aos palcos

Erica Fagundes (esq.), Léo Torres e Raffa Lima vão acompanhar todos os shows da turnê de Sandy e Junior
Erica Fagundes (esq.), Léo Torres e Raffa Lima vão acompanhar todos os shows da turnê de Sandy e Junior - Luemy Sellmann/Divulgação
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São Paulo

A empresária Raffaela Lima Chaves, 31, perdeu o namorado. A analista em marketing digital Erica Fagundes, 33, cancelou viagens que já estavam programadas. E o jornalista Leonardo Torres, 29, terá de fazer plantões extras no trabalho. O motivo de tudo isso? Poder acompanhar os 15 shows da turnê que Sandy e Junior farão pelo país a partir da próxima sexta (12). 

Loucura? Sim. E o trio carioca não nega. "Cada vez que chega uma fatura do cartão [com as despesas da aventura] para pagar, eu penso: que loucura. Mas, ao mesmo tempo, acho incrível que estamos podendo viver isso. Vamos ficar velhos e vamos nos lembrar dessa experiência", afirma Torres. 

Até agora, cada um já gastou, segundo as contas do jornalista, pouco mais de R$ 8.000, entre ingressos para as apresentações (R$ 4.000) e passagens aéreas e de ônibus para as cidades dos shows. Raffa Lima estima que o gasto total vai ficar em até R$ 15 mil. Sandy e Junior vão se apresentar em 11 capitais, de julho até outubro. 

Para a hospedagem, eles fecharam parcerias com hotéis em troca de divulgação no canal do YouTube, no Instagram e no blog do projeto, que ganhou o nome "Eu Vou Com Sandy & Junior". A ideia deles é dividir a experiência das viagens com outros fãs em uma websérie, além de conseguir patrocínios. 

Os dois primeiros episódios já estão no ar. O primeiro mostra a saga de Torres para conseguir participar da entrevista com jornalistas, realizada em São Paulo, em que a dupla anunciou a turnê pelo país, 12 anos depois de se separarem. Já a segunda mostra o trio nas gravações do programa Altas Horas (Globo), em que Sandy e Junior se apresentaram. 

Os três dizem que o amor pelos cantores surgiu na infância e é inexplicável. Para Torres, por exemplo, o dia mais feliz da sua vida foi quando ele conheceu os artistas, aos 12 anos, em um show no Maracanã. no Rio de Janeiro. Por outro lado, o dia mais triste foi quando a dupla acabou. "Nunca senti uma dor tão grande na minha vida. Ainda não perdi nenhuma pessoa importante, então, essa dor da separação deles foi muito forte. A minha psicóloga disse que o que eu vivi com eles foi como uma morte."  

Já Raffaela Chaves conta que ainda era menor de idade, quando convenceu a sua mãe a autorizar que ela tatuasse o nome da música "Nada É por Acaso" nas costas. "Agora, nós três queremos tatuar o símbolo da turnê, que é um triângulo", relata.

A empresária revela que perdeu o namorado por causa da aventura. "Nós idealizamos esse projeto entre nós, e não contamos para ninguém. Um dia antes da divulgação, eu contei para ele [o namorado], mas ele não achou legal a minha atitude, porque planejei tudo sem contar nada", relatou. Ela espera, no entanto, retomar o namoro assim que a turnê acabar. "Vou pedir para Sandy e Junior fazerem um vídeo para ele voltar", brinca.

E O TRABALHO?

Os shows da dupla pelo país vão acontecer de julho até outubro, e algumas apresentações serão realizadas às sextas, dia útil de trabalho. Pelo fato de ser autônoma, Raffaela Chaves tem mais facilidade em conciliar a agenda. Torres, que é repórter em um site, vai usar um pouco das suas férias para as viagens. "Mas em alguns casos, vou para o show e, no dia seguinte, terei que trabalhar."

Já Erica Fagundes que, além de analista é também produtora de artistas, conta que conversou com os chefes para que a liberassem nos dias das apresentações. "Todo o mundo sabe que eu sou fã de Sandy e Junior. Mostrei o projeto e eles entenderam. Nesse meio tempo do anúncio da turnê até os inícios do show, estou me organizando para não deixar pendências", relata.

Assim como Torres e Raffa Chaves, Erica Fagundes acompanha Sandy e Junior desde criança. Aliás, foi assim que os três se conheceram e se tornaram amigos. "Comecei a ir atrás deles em 2002 e fui até o último show em 2007. Naquela época, já viajava e fazia essas maluquices", comenta. 

Assim que soube da volta da dupla, a analista conta que já mudou o seu orçamento anual para poder ir aos shows. "Cancelei tudo que eu tinha planejado, de viajar para o Nordeste e para o Sul nas férias, por exemplo. A minha prioridade é Sandy e Junior. O curioso é que agora vou para muito mais lugares". 

Para conseguir comprar todos os ingressos, que se esgotaram rapidamente e provocaram grandes filas presenciais e na internet, o grupo criou um verdadeiro mutirão com outros dez amigos. "Passamos várias madrugadas em claro", relata Torres. 

O anúncio de shows extras pela dupla –inicialmente eles fariam dez apresentações, número que depois subiu para 15 – criou um "problema" para o grupo. "Enquanto todo o mundo ficava feliz por ter mais shows, eu pensava não, pelo amor de Deus, já tá bom, porque seriam mais gastos para nós", diz Torres, em tom de brincadeira.

Agora, com tudo já praticamente acertado, eles procuram segurar a ansiedade para os shows. "Acho que ainda não caiu a ficha. Só vou acreditar mesmo quando chegar lá", diz Raffa Chaves.​

 
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