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Estudo no desenho mais antigo de Leonardo da Vinci aponta que artista era ambidestro

Análises também relevaram um esboço oculto na obra original

Obra de Leonardo da Vinci é analisada por microscópio em Florença
Obra de Leonardo da Vinci é analisada por microscópio em Florença - Uffizi Gallery/Handout/ Reuters
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Silvia Ognibene
Florença

Um estudo aprofundado do desenho mais antigo que se conhece de Leonardo da Vinci provou que o grande artista renascentista era ambidestro, afirmou a galeria Uffizi, na Itália, nesta segunda-feira (8).

A análise científica e tecnológica também relevou o esboço oculto e até então desconhecido de uma paisagem, também de autoria de Da Vinci, na parte traseira da obra original.

“É uma verdadeira revolução no campo de estudos sobre Leonardo”, disse o diretor da Uffizi, Eike Schmidt.

As descobertas foram anunciadas um mês antes do 500º aniversário da morte de Da Vinci, responsável por obras-primas como a Mona Lisa.

Seu primeiro desenho conhecido está datado de 5 de agosto de 1473, quando ele tinha 21 anos, e mostra uma paisagem do vale do rio Arno e do castelo de Montelupo, nos arredores de Florença.

Conhecida como “Paisagem 8P” devido ao seu número de inventário, a obra tem palavras na frente que vão da direita à esquerda, como Da Vinci escrevia com frequência, e informam a data. Na traseira, a inscrição vai da esquerda para a direita e alude a um contrato informal.

Um estudo dos dois textos confirmou que ambos foram escritos pelo artista e mostrou que ele conseguia escrever perfeitamente com as duas mãos.

“Leonardo nasceu canhoto, mas foi ensinado a escrever com a mão direita ainda muito jovem”, disse a historiadora da arte Cecilia Frosinini. “Olhando seus escritos, incluindo o deste desenho, percebe-se que sua caligrafia de mão direita é treinada e bem-feita”.

Reuters
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