Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Você viu?

Artista britânico pinta retrato da princesa Diana com sangue com HIV; entenda por quê

Conor Collins é conhecido por suas obras de arte politizadas

O retrato da princesa Diana feito com sangue com HIV e diamantes em pó
O retrato da princesa Diana feito com sangue com HIV e diamantes em pó - Reprodução/Twitter/Conor Collins
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo
UOL

O artista britânico Conor Collins, conhecido na terra da rainha por suas obras de arte politizadas que apontam padrões homofóbicos na sociedade, decidiu fazer uma homenagem polêmica à princesa Diana.

Para pintar um retrato da mãe de William e Harry, Conor adotou dois materiais pouco convencionais e muito simbólicos: sangue com HIV e diamantes em pó. O resultado da peça foi compartilhado por Conor no Twitter nesta terça (17), onde ele também explicou sua criação.

"O mundo ficou chocado quando Diana segurou as mãos de um paciente com HIV. Décadas depois, o estigma em relação ao HIV ainda prevalece. Nós deveríamos saber os fatos: você não contrai HIV ao beijar. Indetectável significa não-transmissível. Profilaxia pré-exposição e pós-exposição funcionam", esclareceu.

"Não importa o quão disseminado esteja o estigma em torno do HIV, homofobia, racismo e transfobia só servem para fazer novas infecções pelo HIV mais prováveis. Os últimos dados no Reino Unido, reportados no ano passado, mas referentes a 2016, apontam que 93% daqueles que já foram diagnosticados são agora "indetectáveis" e não oferecem risco de transmissão para seus parceiros sexuais", continuou.

"Apesar disso, pessoas com HIV são duas vezes mais propensas a comer suicídio, particularmente em seu primeiro ano de diagnóstico. O estigma tem que acabar. A vergonha tem que acabar. Ninguém deveria ser levado a isso. O HIV é um vírus, ele não tem consciência, cor, credo, gênero ou sexualidade. É incapaz de julgamento. O estigma, no entanto, é uma escolha."

A escolha do rosto de Diana, uma ativista pelo combate à Aids, para a pintura de Conor foi então significativa. "A epidemia de HIV é alimentada pelo estigma, pela vergonha e pela ignorância. A ciência pode tratar a doença, mas é o amor, o respeito e o entendimento que finalmente irá parar a epidemia".

Conor, que é abertamente gay, já havia pintado uma imagem do cientista Alan Turing, outro nome LGBT da história, com sangue de médicos gays, além de ter feito um retrato de Donald Trump a partir de seus comentários machistas e homofóbicos.

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem