Levou mais de 50 anos para que a boneca mais popular do mundo passasse por uma profunda reformulação.

Nesta quarta (9), a boneca completa 57 anos, muito diferente daquela lançada em 1959 —loira, magra e alta.

A Mattel, marca que produz o brinquedo, anunciou, em janeiro, que a Barbie teria, finalmente, três novas versões de corpo: "petite", "com curvas" e "alta", além de manter a "clássica".

Se atualmente ela conta com quatro tipos de corpos, sete tons de pele, 22 cores de olho e 24 penteados distintos, nem sempre foi assim. A primeira Barbie negra, por exemplo, foi fabricada somente em 1980. 

A Mattel também demorou para produzir Barbies de diferentes nacionalidades. Foi também nos anos 1980 que a boneca ganhou sua primeira versão "não-americana", com o lançamento da italiana.

Desde então, foram retratadas mais de 40 nacionalidades diferentes, inclusive a brasileira, homenageada com uma versão "indígena" em 2009.

Frequentemente criticada por representar mulheres restritas a profissões femininas estereotipadas, como estilista, a Mattel inovou ao produzir a Barbie astronatuta já em 1965, quatro anos antes de o primeiro homem pisar na lua.

De 2012 a 2014, as vendas da Barbie diminuíram 20%, e continuaram diminuindo em 2015. A queda da popularidade da boneca colaborou para que, em 2014, a Lego ultrapassasse a Mattel, tornando-se a maior empresa de brinquedos do mundo.

Em 2015, a Barbie se reinventou com um comercial considerado feminista e com a linha Fashionista, que trouxe mulheres com diversas cores de cabelo e de pele.

As bonecas também já homenagearam diversas personalidades famosas, como Andy Warhol, Marilyn Monroe e a atrizes teen Zendaya e Jennifer Lawrence.