Quais são seus vícios emocionais pós-pandemia? Veja como tratá-los
Fazer terapia pode ajudar no autoconhecimento e como controlar os impulsos
A pandemia trouxe consigo inúmeros desafios que surpreenderam a todos, forçando adaptações em todas as esferas da vida de uma só vez. Essas mudanças repentinas tiveram como resultado o surgimento de vícios emocionais que afetaram e ainda afetam muitas pessoas.
Neste artigo, exploraremos esses vícios emocionais decorrentes do isolamento social e ofereceremos sugestões para lidar com eles, a fim de evitar que se tornem legados negativos permanentes da pandemia. Mas, claro, se precisar de ajuda, não deixe de procurar ajuda e fazer terapia.
IMPACTOS DURADOUROS DA PANDEMIA
1. DISTRAÇÕES VIRTUAIS EM EXCESSO
O isolamento social representou um dos maiores desafios dessa época, e a tecnologia se mostrou uma aliada nesse cenário. No entanto, como em muitos aspectos da vida, o excesso pode ser prejudicial.
O vício em tecnologia tornou-se uma realidade para muitos, que agora lutam para se desconectar. A busca constante por informações e a necessidade de preencher o tempo levaram a uma agitação interna, onde as distrações que costumavam ser externas agora estão ao alcance das mãos, através de lives, palestras, cursos e outras atividades que dão a ilusão de que o tempo está sendo bem utilizado.
Esse comportamento gerou ansiedade, à medida que as pessoas se sentem pressionadas a fazer cada vez mais, perdendo o equilíbrio. Veja 5 técnicas para acalmar a ansiedade aqui.
2. DIFICULDADE DE LIDAR COM INCERTEZA
A incerteza em relação ao futuro tem sido uma fonte significativa de ansiedade. Muitos se enchem de metas e tarefas no presente na esperança de que, quando a pandemia acabar, estarão completamente preparados.
No entanto, essa mentalidade faz com que as pessoas percam o foco no presente e percam a oportunidade de explorar o que é essencial. Embora as inúmeras possibilidades ofereçam muitas escolhas, a falta de certeza sobre o futuro tem desestabilizado aqueles que buscam controlar tudo em suas vidas.
3. COMPULSÕES
As compulsões se tornaram uma resposta comum à incerteza e à ansiedade. Quando as compras pessoais não são viáveis, as compras online se tornam uma válvula de escape, e aqueles que evitam o mundo virtual direcionam suas compulsão para a comida (veja dicas para controlá-la).
Passar mais tempo em casa levou muitos a comprarem alimentos supérfluos e a pedirem comidas prontas por aplicativos, como uma tentativa de preencher o vazio que já existia.
Essas compulsões são sintomas de um vazio subjacente que talvez fosse ignorado anteriormente, e substituí-lo por compulsões pode ser prejudicial a longo prazo.
4. BAIXA AUTOESTIMA NAS REDES SOCIAIS
O uso excessivo das redes sociais contribuiu para uma distorção na autoimagem das pessoas. A exposição constante levou a comparações e competições que, em vez de incentivar hábitos saudáveis, podem resultar em uma baixa autoestima.
A busca por um padrão de beleza perfeito muitas vezes deixa as pessoas se sentindo inadequadas, levando a problemas de autoestima, ansiedade e depressão.
CAMINHO PARA A RECUPERAÇÃO: AUTOCONHECIMENTO
É importante reconhecer que não podemos responsabilizar somente fatores externos por nossos desafios emocionais. Mesmo diante de uma pandemia global, a maneira como lidamos com esses desafios faz toda a diferença para nosso equilíbrio emocional.
O autoconhecimento é a chave para superar esses vícios emocionais.
Perceba os sentimentos desafiantes que surgem como uma oportunidade de conscientizar-se do que ocorre dentro de você. A solução não passa pela revolta ou indignação pelo que está acontecendo ou pelos legados que a pandemia deixará. Mas, sim, pela aceitação e concordância da realidade como ela é, com a plena convicção que após tudo isso você estará melhor e mais autoconsciente.
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