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Abstinência sexual: Veja os impactos que essa prática causa ao corpo

Entenda os problemas provocados pela ausência de sexo e como lidar

Como cada signo pode aproveitar o Dia do Sexo
Entenda mais sobre abstinência sexual - Personare
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Roberta Struzani
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O ritual de abstinência sexual de Tom Brady e a suposta consequência disso em seu relacionamento com Gisele Bündchen gerou uma grande repercussão. Para além das fofocas e da vida privada do casal, este é um assunto muito mais sério, e o que ninguém comenta é o quanto isso pode impactar no corpo.

No caso de Brady, os jornais divulgaram que o ritual de abstinência sexual envolve pelo menos 24 horas sem sexo antes das partidas de futebol americano, mas, a depender da importância da competição, esse tempo poderia chegar a 72 horas. A prática não envolve somente esporte, mas uma série de outras linhas e objetivos.

Eu mesma, Roberta Struzani, há uns 6 anos, comecei a palestrar em igrejas sobre sexualidade a pedido dos pastores devido à quantidade de problemas trazidos nesta área. E me surpreendi com 17 casos de mulheres casadas que ainda eram virgens, devido ao vaginismo.

Esse é um dos problemas que períodos prolongados de abstinência sexual podem causar. Neste artigo, falaremos sobre eles.

ABSTINÊNCIA SEXUAL E OS IMPACTOS NO CORPO

VAGINISMO

O vaginismo é uma desordem músculo esquelética que acontece devido a algum bloqueio psicológico, onde o corpo acredita que o sexo é nocivo e se protege dele, fechando involuntariamente o canal vaginal, impossibilitando a penetração, mesmo que aja excitação e desejo para o ato.

Na maior parte dos casos de vaginismo que peguei ao longo da minha carreira, acabávamos chegando à conclusão de que o bloqueio raiz era gerado por um abuso sexual ou uma tentativa de abuso.

Mas o vaginismo também pode ser gerado pela abstinência sexual, principalmente de mulheres virgens. Quando com frequência a mulher precisa conter seus impulsos e desejos para driblar a excitação, ela tenta impor para sua mente que é errado fazer sexo (antes do casamento, por exemplo) e fica inibindo estes desejos.

O corpo subentende que se excitar é errado, que o sexo não é certo. Quando essa mulher casa e então pode se entregar para o ato, o seu corpo não responde mais. Ele se fecha para o ato que compreendeu ser nocivo.

É importante dizer que o vaginismo tem tratamento e pode ser revertido. O ideal é procurar uma fisioterapeuta ginecológica na sua cidade. Se quiser tirar alguma dúvida, me mande mensagem no Instagram.

ATROFIA DA REGIÃO ÍNTIMA

Outro problema que pode ser causado pela abstinência sexual é a atrofia do canal vaginal, gerando uma tensão muscular destes músculos. Por consequência disso, pode haver dor e sangramento ao ter relação sexual depois de um tempo sem praticar, o que costuma ser revertido ao retomar as práticas novamente.

Se uma mulher já alcançou a menopausa ou se em algum momento na vida passou pela quimioterapia, o nível de estrogênio reduz e, assim, ela pode ter mais facilmente esta atrofia após longo período sem sexo.

O ideal é manter a prática de masturbação para evitar isso (saiba tudo sobre masturbação feminina aqui). Ou, ainda, se não tiver libido para isso, não precisa forçar nada. Você pode apenas exercitar a região íntima e pélvica com exercícios de pompoarismo (veja aqui alguns!).

Outra região que também pode atrofiar por desuso é o clítoris, por isso vamos manter a prática de ter muito prazer em dia.

SEXO PEDE POR MAIS SEXO

A libido funciona assim: quanto mais você tem, mais você quer. Quanto menos faz, mais seu corpo se acostuma, se acomoda e deixa de sentir falta. Portanto, é preciso encontrar um ponto de equilíbrio, estimular a mente e o corpo para ter vontade de ter relações sexuais.

Por outro lado, se um dos parceiros cobrar demais quando o outro está sem vontade, este excesso de cobrança só aumentará a falta de vontade, se sentindo pressionado e evitando cada vez mais.

Se a pessoa parceira está com pouca libido, conversem a respeito, busquem meios para solucionar as questões, brinquem de se provocar e deixem-se com e à vontade.

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