Aromaterapia: Como funciona a técnica que trata patologias com óleos essenciais naturais
Plantas dão origem a óleos que podem ser verdadeiros remédios
Na natureza, todas as plantas produzem substâncias que podem, ao mesmo tempo, atrair insetos polinizadores e repelir microrganismos. O resultado dessa alquimia única, quando extraído e concentrado em óleo, pode ser um verdadeiro remédio. Esse é o princípio da aromaterapia, um tipo de tratamento que usa os ativos presentes nos óleos essenciais provenientes de folhas, flores, raízes e sementes.
“A ideia da aromaterapia é tratar determinados sintomas de forma simples, benéfica e a longo prazo, sem contraindicações”, diz Sâmia Maluf, professora de aromaterapia da By Samia, primeira escola dessa especialidade no Brasil.
Cada essência tem um princípio ativo diferente e pode ser usada para melhorar um sintoma específico. O óleo essencial de lavanda e de ylang ylang, por exemplo, têm propriedades calmantes e ajudam a tratar a insônia, o estresse e a enxaqueca, enquanto o de canela e de laranja são estimulantes e combatem o desânimo. O mais importante é a qualidade do óleo essencial, que precisa ser 100% vegetal para ter efeito. Nada de sintéticos!
“A aromaterapia é boa, mas não é mágica nem tem a pretensão de curar qualquer patologia sem exames e sem a medicina tradicional. Mas os óleos essenciais, associados a uma rotina saudável, são muito efetivos.”
Ela reforça que é aconselhado acompanhamento com um especialista, que fará uma série de testes. “Passamos a vida sentindo cheiros que criam a memória olfativa, diretamente ligada à emocional. Quando aplico um óleo em alguém, preciso saber se essa pessoa se sente bem com esse óleo ou não, independentemente do poder terapêutico.”
Existem diversas maneiras de usufruir desses compostos. A aromaterapeuta Mirele Moraes indica a inalação, que é mais efetiva por atingir rapidamente o sistema nervoso. Basta pingar uma gota na mão, esfregar e inalar. Também vale usar pingentes de aromaterapia ou diluir três gotas em um recipiente com água quente e inalar o vapor por alguns minutos —não é aconselhada a ingestão dos óleos. Poucas gotas bastam para obter resultado.
Roberta Ciudi, 21, sempre usou a homeopatia e escolheu a aromaterapia para complementar o tratamento. Ela conta que começou por conta própria e passou a estudar os óleos e seus efeitos no corpo. “Tratei ansiedade, enxaqueca e gastrite com os óleos essenciais. Costumo pingar uma gotinha atrás de cada orelha quando uso óleos mais fortes. Dependendo da essência e do sintoma que quero tratar, por exemplo, quando estou estressada ou ansiosa, uso um aromatizador”, acrescenta a estudante.
Para tratar uma patologia de maneira efetiva, a frequência e o tipo de óleo devem ser prescritos por um terapeuta. Para efeito paliativo, é possível pingar uma gota no azulejo durante o banho. Ou acender uma vela de óleos essenciais. “Esses métodos mais rápidos funcionam mais como um estímulo momentâneo. Eles não vão ter um efeito de tratamento a longo prazo”, diz Mirele.
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