Mooca: Cinco sugestões para comer bem em lugares que vão de botecos a bares refinados
Bairro celebrou 462 anos de sua fundação na última sexta (17)
A Mooca acaba de celebrar 462 anos de sua fundação, completados na última sexta (17). É fácil se apaixonar pelo clima de cidade interiorana que domina o bairro da zona leste da capital e, mais simples ainda, compreender a devoção de seus moradores, que não trocam de vizinhança por nada.
Misto de tradição e novidades, a Mooca tem hino e bandeira, além do time de futebol Juventus, com torcida fiel às cores grená e branco. Além disso, conta com inúmeras opções de gastronomia e passeios.
As opções de lugar para comer bem na Mooca são muitas e vão desde botecos até a bares refinados. Quem aprecia gastronomia sabe que o bairro não deixa a desejar. Confira alguns dos locais
selecionados, mas não deixe de explorar a Mooca toda, para conhecer outras alternativas também deliciosas.
Lazy Park: Local de descanso serve para beber e comer com fartura
Com uma estrutura formada por contêiners, o Lazy Park é um espaço moderno, na Mooca, com cadeiras de praia, iluminação discreta, bela decoração e muitas opções no cardápio. O Lazy Burger (R$ 28) é feito de hambúrguer caseiro, crosta de pimenta-do-reino temperada com manteiga e queijo gorgonzola, cebola caramelizada, maionese temperada e pão da casa.
Também são muito pedidas as pizzas, em especial a Quatro Formagio Parma (R$ 44), de mozarela, molho de tomate, requeijão, gorgonzola e parmesão com presunto de Parma. Serve o casal. Sérgio Ferroni, 47, representante comercial, frequenta o espaço desde sua inauguração, há pouco mais de um ano. “Gosto da pizza e dos lanches. Venho para beber com a minha família e com os amigos”, conta.
Esfirraria tem público fiel depois de jogos
Ir à Esfiha Juventus é tradição da torcida grená e branca. Ao término dos jogos, a casa fica lotada de torcedores. E o melhor jogador do time em campo ganha 30 esfirras para levar para casa, no prêmio Celso Abrahão –uma homenagem a um dos filhos do casal Tamer Abrahão e Wanda Abrahão, que abriu as portas da esfirraria, em 1967.
São mais de 70 sabores de esfirras abertas, que vão desde as tradicionais de carne (R$ 4,90) e de quatro queijos (R$ 6,40) até a de carne-seca (R$ 6,30) e de chancliche –queijo árabe– temperado (R$ 7,40). A casa oferece até esfihas doces, como a de romeu e julieta (R$ 5,80), de doce de leite com queijo (R$ 5,90) e de chocolate com morango e castanha (R$ 8,20).
O petisco ideal para saborear com cerveja é o quibe tipo copo, em formato de copinho, em sabores como coalhada seca e homus (R$ 3,90 cada). As novidades são o beirute de filé (R$ 55,50) e o shawarma (R$ 17,90).
Janaina de Jesus, 31, é gerente da Esfiha Juventus e está na casa há dez anos. “Comecei como atendente do de livery, passei pelo caixa, pela administração e agora estou muito feliz na gerência”, conta Janaina. “Aqui tem funcionários com 44 anos de casa, nos sentimos muito respeitados e valoriza dos pelos donos”, explica ela.
“Moro na Mooca desde que me mudei do Ceará para São Paulo e gosto muito do bairro. Aqui tem cara de cidade do interior, o clima é bem diferente desta selva de pedra que é São Paulo”, avalia Janaina. A gerente garante que não enjoa das esfirras, sempre saídas do forno na hora, conforme o pedido do cliente. “Meus sabores favoritos são de carne-seca e de escarola com bacon”, conta.
Sabores inéditos e fatias no balcão agradam ao cliente
A Pizzaria do Angelo foi aberta na Mooca em 1971 e começou como uma pizzaria tradicional de bairro que, na hora do almoço, chegava a servir lanches e comida para atender aos trabalhadores das indústrias próximas.
Os clientes que frequentavam o local, então, começaram a pedir que fossem vendidas pizzas em fatias. Foi quando o espaço inaugurou o balcão que o eternizou. A pizza Mooca (R$ 10 o pedaço) tem receita da casa e leva molho de tomate fresco, carne-seca, creme de gorgonzola, palmito, ervilha, champignon, rodelas de tomate, parmesão, salsinha e azeitonas.
A pizza grande inteira sai por R$ 85. Outro sabor exclusivo é a Angelo (R$ 15), com molho de tomate fresco, filé-mignon em tiras, catupiri, parmesão ralado e azeitonas verdes. A pizza grande inteira sai por R$ 150.
Rivaldo Freitas, 59, é gerente da Pizzaria do Angelo e começou a traba lhar lá aos 17 anos. “Eu fiz até faxina, e hoje sei preparar as pizzas”, conta Freitas. Ele afirma que a pizzaria vende cerca de 2.000 pedaços toda sexta-feira e que o sabor mais comercializado é o tradicional quatro queijos (R$ 9,50), se
guido pela mozarela (R$ 7) e pela calabresa (R$ 7,50).
“A de quatro queijos é especial porque leva um creme de requeijão da casa, além de provolone, parmesão e mozarela”, conta Freitas. “Mas o meu sabor preferido é a tradicional marguerita”, revela o gerente.
Doceria mantém tradição impecável
Aberta em 1935, a Di Cunto hoje é confeitaria, padaria e rotisseria. Tudo o que é vendido é também fabricado ali, e o local tem outras duas unidades, no Tatuapé (zona leste) e no Itaim Bibi (zona sul). “A Di Cunto da Mooca é uma das mais antigas confeitarias da cidade”, conta Francesco Paolo Lo Schiavo, 67, dono e responsável pela marca.
Sobre o carinho dos moradores do bairro pela confeitaria, ele explica que a casa sempre acolheu o povo e contou com a colaboração de muitos imigrantes. “A maioria das pessoas que trabalhavam aqui, no início, era italiana. Esta casa sempre acolheu de braços abertos todos os povos”, conta Schiavo.
Os doces em pedaços custam de R$ 4,60 a R$ 12,50. Entre eles está a fatia da torta Regina, carro-chefe da casa e uma das mais queridas entre os clientes. É feita com pão de ló branco, carolinas recheadas com creme de chantili e fios de caramelo por cima.
O primeiro panetone feito no Brasil é da Di Cunto (R$ 75) e é vendido durante o ano todo. A massa é delicada, e as frutas cristalizadas não são ressecadas, mas, sim, tenras e saborosas.
Há ainda a trança Santa Rosália (R$ 28), de massa doce e fermentação natural, com receita de mais de 50
anos. “Queremos abrir mais lojas em São Paulo, desde que mantenhamos a tradição dos nossos doces e a qualidade dos ingredientes”, diz Schiavo.
Música ao vivo e cervejas diferenciadas
O libanês Maroun Haddad, 33, mora há 12 anos no Brasil e já viveu em países como a Bélgica e a Itália. Ele procurava um local em que pudesse montar um bar tradicional ao estilo pub irlandês, onde também vendesse as cervejas que fabrica. Foi quando soube que havia um sobrado à venda na Mooca.
“Aqui funcionava uma garagem para lavar motos, com um bar no andar de cima. Foram muitos meses de negociação até, finalmente, a inauguração, em maio deste ano”, conta Haddad.
O C.C.Rider vende mais de 80 rótulos de cerveja. O chope Ipa C.C.Rider (R$ 29,90) e o Double Ipa C.C. Rider (R$ 34) são feitos na cervejaria de Haddad em Atibaia e vendidos em garrafas de 500 ml cada. São receitas exclusivas. Até o final do ano, as cervejas engarrafadas também deverão ser comercializadas.
Para comer, o Monster Truck (R$ 42,90) é feito de hambúrguer artesanal de 180 gramas, queijo estepe, bacon, anéis de cebola frita e empanada e molho barbecue com maionese caseira. Montado em pão tradicional, é servido acompanhado de fritas.
O lanche é muito saboroso e benfeito. Outra indicação é a Lemon Pepper (R$ 29,90), porção de batatas rústicas com tempero tradicional feito com casca de limão e pimenta-do-reino.
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