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'Diálogo com a criança é extremamente importante', diz autora de livro infantil sobre câncer de mama

Ivna Chedier Maluly escreveu livro infantil 'Mamãe, Cadê seu Peito?'

A jornalista e escritora Ivna Chedier Maluly
A jornalista e escritora Ivna Chedier Maluly - Reprodução/YouTube/RFI
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Descrição de chapéu RFI
Silvano Mendes

Como explicar a delicada realidade do câncer para as crianças? Para responder a essa pergunta, a autora Ivna Chedier Maluly escreveu o livro infantil "Maman, il est où ton sein ?" ("Mamãe, Cadê seu Peito?", em português). A escritora foi convidada para falar a respeito no RFI Convida.

A ideia veio de uma situação que pode fazer parte da vida de diversas mulheres. A escritora fazia curativos no banheiro de sua casa quando foi surpreendida por seu filho, que espantou-se com a ausência de um de seus seios. "Onde ele está, mamãe?", perguntou.

"Tive que me virar rapidamente para explicar, o que era algo que eu já tinha vontade de fazer, porque acho interessante falar abertamente com a criança. Esse livro fala de um diálogo e de uma conversa franca entre uma mãe e um filho", diz Ivna Chedier.

No livro, a cena da descoberta da ausência de seio foi substituída por uma outra, fictícia, em que o personagem Elias vê sua mãe no banheiro e pergunta "Ué, mamãe, alguém roubou seu peito?".

DISCURSO MÉDICO NÃO É ADEQUADO PARA CRIANÇAS

"Eu também tive a mesma experiência, minha mãe teve câncer de mama e, na época, eu não falei nada com ninguém, fiquei muito estressada”, conta. “A criança, na verdade, elas sentem tudo, elas não são racionais como a gente. Meu filho via que eu estava estressada, mas fiquei calada. Dois anos depois, eu tive a mesma experiência e decidi contar tudo para ele, só que ele foi mais rápido que eu.”

Na época, Ivna estava sob acompanhamento de um terapeuta, que a aconselhou a “falar a verdade”. “Sem dar muitos detalhes, porque ele não ia entender tudo. Vamos situar a criança da maneira que ela está vivendo ali. A mãe estava triste, a mãe foi para o hospital, a mãe estava com dor, e o médico decidiu que o peito tinha que ser retirado. E eu ia situando ele todos os dias um pouquinho”, declara.

RFI
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