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BBB25

BBB 25: Entenda as acusações de racismo no reality envolvendo Renata, Maike e Camilla

Falas de brothers foram criticadas dentro da casa e fora, por equipe da sister

Mulher negra chorando
Camilla chora no BBB 25 após ser descrita como 'a que cozinha' - Reprodução/Globo
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São Paulo

Renata Saldanha e Maike Cruz tiveram falas apontadas como racistas na casa do BBB 25, na última quarta-feira (29). A discussão relacionava Camilla Maia, uma mulher negra, ao ato de cozinhar na casa. A equipe de Renata e Eva se manifestou dizendo que "o contexto foi a rotina da casa, sem qualquer conotação discriminatória".

Eva, Renata, Delma, Guilherme, Maike e Gabriel foram os selecionados para um almoço especial, no qual teriam que escolher alguns participantes para receberem consequências. Ao mesmo tempo, os demais brothers assistiam à conversa pelo telão da casa.

O grupo precisava escolher duas pessoas para ficarem grudadas uma à outra. A dupla Renata e Eva sugeriu dar a consequência às irmãs Camilla e Thamiris, por serem suas oponentes no jogo. No entanto, Maike discordou da sugestão e relembrou que a trancista era a responsável por preparar a comida dos brothers.

"A gente se lasca também, porque a gente tá na Xepa e ela cozinha para a gente", disse Renata. Mais tarde, a bailarina repetiu a descrição: "Camilla é a que cozinha".

Enquanto assistia à conversa, a carioca, alvo dos comentários, chorou e foi consolada pelos aliados. "Ela só serve para cozinhar, né?", questionou Thamiris. Camilla comentou: "A leitura que elas estão fazendo é covardia".

Mais tarde, quando o grupo acabou o almoço, Diogo Almeida conversou com os envolvidos sobre a fala. "Ficou parecendo... Como é que eu posso dizer? 'A gente precisa dela porque ela cozinha', tá entendendo? Vai para um lugar, Eva e Renata, de subserviência, da mulher preta nesse lugar de quem cozinha, de quem serve", disse o ator.

Após a lição, Eva e Renata foram pedir desculpas a Camilla. "Tudo foi me deixando tão triste, a forma que foi falado. Talvez vocês não tenham falado para me atacar, não foi isso. Mas eu fiquei triste", disse a trancista. As três conseguiram se entender e terminaram a conversa com um abraço.

Ainda na noite de quarta-feira, a equipe de Camilla se manifestou por meio das redes sociais e apontou a ocorrência de racismo estrutural nas falas. "Na sociedade em que vivemos, temos conhecimento do racismo estrutural, mas independentemente da intenção, falas como essa são inaceitáveis. Elas reforçam a naturalização da ideia de que pessoas negras ocupam posições de servidão, o que deve ser desconstruído diariamente", escreveu o perfil.

No programa ao vivo, a Globo exibiu as cenas, mas não reproduziu nota de repúdio ou manifestação sobre o caso.

A equipe de Renata e Eva se manifestou. "O contexto foi a rotina da casa, sem qualquer conotação discriminatória. Esse mesmo argumento, inclusive, já foi usado em outras dinâmicas também por outros participantes".

"Entendemos que a fala seja sensível no contexto racial e pedimos desculpas por isso, acrescentando que Renata e sua equipe não são perdidas no assunto", concluiu a equipe.

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