BBB: De racismo a zoofilia, veja quando o reality virou caso de polícia
Alguns casos tramitam até agora, enquanto outros foram arquivados
O Big Brother Brasil (Globo) sempre foi palco de grandes brigas, discussões, amizades e até mesmo romances. Com a estreia do BBB 22 se aproximando, os fãs e internautas do reality mal podem esperar para assistir aos novos acontecimentos da edição que marca a estreia de Tadeu Schmidt, 47, como apresentador.
No entanto, algumas das conversas, discussões e ofensas acabam se tornando casos sérios de racismo, intolerância e até mesmo violência. Com o passar dos anos, o público passou a se atentar às pautas e bandeiras, e, em alguns casos, os participantes do reality foram parar na delegacia.
Para relembrar momentos em que o BBB virou caso de polícia, o F5 preparou uma lista com denúncias que já passaram pelo reality, que vão desde racismo e zoofilia até intolerância religiosa e violência contra a mulher. Confira abaixo:
BBB 21
A edição que consagrou Juliette campeã, também teve seus momentos de polêmica. Um deles foi quando o cantor sertanejo Rodolffo proferiu comentários racistas contra o participante João Luiz. Em um jogo da discórdia, o professor mineiro expôs para os colegas que o músico comparou o cabelo dele ao da peruca do Castigo do Monstro.
O cantor chegou a ser investigado pela Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), do Rio. Segundo a Polícia Civil informou em abril de 2021, foi instaurado um procedimento para apurar o crime de preconceito racial. No entanto, segundo a Decradi, até o momento a vítima não compareceu à unidade para registrar a ocorrência.
A cantora Karol Conká também foi alvo de denúncias a acusando de discriminação após associar o comportamento de Juliette, de falar alto e tocar as pessoas, ao lugar onde ela nasceu, na Paraíba. Na época, ela disse que, segundo lhe explicaram, essa forma de falar seria comum no Nordeste. "É o jeito, lá na terra dessa pessoa é normal falar assim. Eu sou de Curitiba, é uma cidade muito reservadinha."
A cantora foi duramente criticada na internet e acusada de xenofobia por causa dos comentários feitos no BBB 21, porém o Ministério Público do Rio de Janeiro pediu o arquivamento de queixas de discriminação, após analisar o vídeo do reality.
BBB 20
Logo no início da 20ª edição do BBB, o ginasta Petrix Barbosa foi acusado de assediar Bianca Andrade, a Boca Rosa, ao tocar nos seios da influenciadora. Como se não bastasse, os internautas pediram ainda a expulsão do participante por ele esfregar a genitália em Flayslane.
Na época, a DEAM (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher) de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, abriu um procedimento para apurar o caso. Ele chegou a prestar depoimento em uma delegacia do Rio de Janeiro na ocasião sobre o possível crime de importunação sexual em 2020.
BBB 19
A 19ª edição do reality foi marcada por diversos casos de polícia, dentre eles agressão física e psicológica, racismo, intolerância religiosa e até mesmo zoofilia. A campeã da edição, Paula von Sperling foi indiciada em 2019 por intolerância religiosa contra o cientista social Rodrigo, ao dizer que tinha medo dele por ele ter "contato com esse negócio de Oxum".
Oxum é uma das divindades negras das religiões afro-brasileiras candomblé e umbanda, ligada à fertilidade e à beleza.
Na época, a Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) do Rio, concluiu que houve preconceito por parte dela contra Rodrigo após investigação, que ouviu os envolvidos no caso e analisou vídeos da atração. Porém, mais tarde, o processo foi arquivado pelo Ministério Público.
Outro brother, Maycon Santos, foi denunciado pelo Ministério Público do Rio por apologia a maus-tratos aos animais e crime contra a paz pública. Na época, ele fez declarações que incomodaram os espectadores e ativistas como Luisa Mell, que pediu que ele fosse eliminado do programa.
Durante um bate-papo com os demais integrantes da casa, Maycon fez comentários sobre brincadeiras que fazia com animais quando era mais jovem. "Já viu gato? Você coloca um adesivo no gato, do lado, e ele fica andando assim... Nunca fez isso? Já amarrou bombinha no rabo dele?", afirmou ele, que também disse ter perdido a virgindade com uma cabra. Mais tarde, também em 2019, o inquérito foi arquivado.
Já biólogo Vanderson Brito foi acusado por uma ex-namorada de agressão física e psicológica, na primeira semana do reality. Na sequência, outros boletins de ocorrência começaram a ser registrados. Brito foi desclassificado do programa para prestar depoimento. Ele voltou ao Acre para se defender e todas as denúncias foram arquivadas por falta de provas.
BBB 17
A edição do ano de 2017 trouxe à tona um caso de agressão contra mulher. O médico Marcos Harter foi expulso após ser acusado de agredir Emily Araújo, sua namorada no reality e campeã do ano. A expulsão ocorreu no mesmo dia em que a Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu um inquérito para investigação.
Em vídeos vazados no ano de 2020, Emily mostrava hematomas no corpo para a produção do BBB. Após as denúncias, o médico chegou a participar de A Fazenda 9 (Record) e saiu do programa como vice-campeão. Procurado pelo F5, o Tribunal de Justiça do Rio afirmou que o processo ainda corre em segredo de Justiça.
BBB 12
Na 12ª edição do reality, Daniel Echaniz foi acusado de estupro de vulnerável, quando as câmeras da casa o mostraram na cama com Monique Amin. A participante estava embriagada, e movimentos embaixo do edredom indicavam que o brother estaria transando com ela, sem seu consentimento. Echaniz foi expulso do reality e depois o processo foi arquivado.
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