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Televisão

Repórter de Manaus tem dificuldade para respirar e se revolta ao vivo com qualidade do ar

De máscara, Lucas Conrado faz desabafo e cobra autoridades para que resolvam situação

Repórter Lucas Conrado, da TV Onda Digital, se revolta ao vivo com qualidade do ar de Manaus
Repórter Lucas Conrado, da TV Onda Digital - Reprodução/Programa da Tarde Meio Norte
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São Paulo

O repórter Lucas Conrado, da TV Onda Digital, afiliada da TV Meio Norte em Manaus, no Amazonas, mostrou estar revoltado com a qualidade do ar na cidade. "Está perigoso respirar aqui na capital amazonense", disse em uma entrada ao vivo no "Programa da Tarde" nesta quinta-feira (12). Ofegante, o jornalista apresentava dificuldades para respirar.

Segundo o Corpo de Bombeiros de Manaus, foram mais de 1.900 incêndios combatidos entre quarta e quinta-feira. "Esse número não corresponde com a nossa realidade", comentou o repórter. "Até porque, todos os dias, a gente está em situações como essa, de muita fumaça. Em pleno Dia das Crianças, as crianças tendo que sair de casa com máscaras no rosto. Perigoso respirar por aqui."

Conrado, então, relembrou as recomendações das autoridades de saúde: usar máscaras ao sair de casa, fechar as janelas em casa e colocar uma bacia de água para umedecer o ar. "A verdade é que os olhos já ardem por aqui. O nariz, é difícil de respirar, porque o nariz arde. A garganta também", relatou o jornalista.

"Manaus acorda em meio à muita fumaça. Hoje parece pior do que ontem e a tendência é que piore, porque mais focos de incêndio são todos os dias registrados aqui", explica. Segundo o repórter, a fumaça estaria vindo da região sul do Amazonas, um local identificado como "arco do fogo", com os maiores índices de queimada do estado.

"A verdade é que os 119 agentes do Corpo de Bombeiros não são suficientes para combater esses incêndios. Os brigadistas não dão conta, até porque o Estado do Amazonas é um estado continental [...] E aí a gente olha para esses números que não refletem a nossa realidade aqui", disse.

O jornalista, então, fez um apelo para que os governos federal e estadual façam uma força tarefa para minimizar a situação. "O estado precisa se mobilizar. Outras entidades federais também precisam prestar apoio, porque o que a gente sente aqui, como amazonenses que somos, é que estamos desolados", disse.

"Se investissem o dinheiro que investem em campanhas políticas em conscientizar o cidadão amazonense de que ele não pode tacar fogo ali no seu pedaço de terra... Porque a agricultura tradicional, que poderia muito bem com investimento se tornar agricultura familiar, faz com que essas queimadas aconteçam. Além do garimpo ilegal, que destrói há anos hectares aqui no nosso estado", complementou.

Orientações do Governo Federal

Nesta sexta-feira (13), o presidente Lula (PT) recomendou que a população do Amazonas fique em casa para evitar a fumaça dos incêndios da região. As queimadas levaram 55 municípios do estado a decretarem estado de emergência.

O Ministério do Meio Ambiente disse que irá reforçar o combate às queimadas com mais 149 brigadistas, chegando a 289 nos próximos dias.

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