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Televisão

Assediador em 'Cara e Coragem', Bruno Fagundes diz levar susto com cenas

Ator conta que mulheres já reconhecem mais facilmente uma relação tóxica

Renan é o personagem vivido pelo ator Bruno Fagundes João Miguel Júnior/Globo

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São Paulo

"Graças a Deus eu não sou o Renan. Fiz terapia, recebi muito amor, cresci assim e estou criando esse personagem com um distanciamento saudável. Junto com o público, me coloco como um aliado para combater o assédio". A frase é do ator Bruno Fagundes, 33. Seu personagem em "Cara e Coragem" (Globo) faz da namorada uma vítima de assédio moral.

Ele considera que seu trabalho na TV vem cumprindo um papel "didático". "Agora já vejo que as pessoas estão diagnosticando essas armadilhas das relações muito mais rápido do que há alguns anos", aponta o artista.

Na trama de Claudia Souto, Lou (Vitória Bohn) sofre assédio moral do namorado ciumento Renan, que também é coreógrafo dela numa companhia de dança. As exigências dele extrapolam a parte profissional. De um modo disfarçado, muitas vezes fazendo-se de vítima, ele começa a dominar Lou, que vai se mostrar cada vez mais insegura e amedrontada.

"A função dramatúrgica é justamente causar sensações para que falemos sobre determinado assunto. Essas cenas que já foram ao ar não são nem 5% do que ainda tem por vir. Eu gravei coisas surreais e até me assusto quando leio o roteiro e vejo como esse tipo de pessoa opera", destaca Fagundes. Sua preparação para o papel incluiu conversas com psiquiatras e psicanalistas que o ajudaram a tentar decifrar a mente de um assediador.

Foi durante este processo de entendimento e estudos que Fagundes deu-se conta de um triste realidade. "Percebi que 99,9% das mulheres do meu universo já sofreram algum tipo de assédio, moral ou sexual", conta. Mais: Depois que a novela estreou, ele começou a receber depoimentos de meninas que identificaram em seu personagem elementos semelhantes aos que viam nos ex-namorados.

"Uma dessas pessoas dizia que via o ex dela em mim, no olhar, nos trejeitos, na forma como tocava nela. Esse não é o primeiro personagem torto que faço, mas por meio dele percebo que não tenho esse ofício por fama ou dinheiro, mas para levar reflexão a todos", avalia o artista, filho do também ator Antonio Fagundes, 73.

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