Vitória Bohn diz que 'Cara e Coragem' a deixou 'mais esperta com homens'
Jovem estreia nas novelas com personagem vítima de uma relação tóxica
Jovem estreia nas novelas com personagem vítima de uma relação tóxica
Tudo começa com uma ironia, uma humilhação pública, um grito, um xingamento que depois pode resultar até numa agressão física. É dessa forma que um abusador age com suas vítimas. E em muitos casos quem sofre com isso não percebe que está dentro de uma relação tóxica. Foram esses os ensinamentos que a atriz Vitória Bohn, 20, adquiriu ao longo de seus estudos para viver Lou em "Cara e Coragem".
Natural de Novo Hamburgo (RS), a gaúcha, que faz sua estreia nas novelas logo numa trama das 19h da Globo, conta que nunca sofreu nenhum tipo de assédio e não se considera uma expert no tema, mas que agora, por causa dos dramas pelos quais sua personagem passará, se sente muito mais preparada até para aconselhar outras mulheres caso seja necessário.
"Encontrei muitas meninas próximas a mim que me contaram seus relatos e que eu nunca imaginava. Com base no que pesquisei, tentei trocar informações e dar apoio. Elas quiseram se abrir para me ajudar. Esse papel me deixou mais esperta com os homens. E ficarei disponível para receber dúvidas e ajudar pelas redes sociais quem se identificar", diz.
Na história escrita por Claudia Souto, Lou sofre assédio moral do namorado ciumento Renan (Bruno Fagundes), que também é coreógrafo dela numa companhia de dança. As exigências dele extrapolam a parte profissional. De um modo disfarçado, ele vai tomando a mente da jovem que se mostrará mais insegura e amedrontada. "Como a arte imita a vida, espero que muitas pessoas reais busquem ajuda. É sempre bom ficar com um pé atrás", destaca a atriz.
Em "Cara e Coragem", Vitória, que começou na atuação aos 13 anos, afirma que poderá iniciar da melhor forma por fazer alertas importantes por meio de seu trabalho. Ela conta que desde pequena, sua grande referência na dramaturgia é a atriz Paolla Oliveira, 40, com quem contracenará diretamente.
"Viverei a meia-irmã da Pat (Paolla) e está sendo muito bom gravar com ela. Só que ainda não tive a chance de dizer o quão inspiradora ela é. Tenho admiração imensa", confidencia.
Apesar de não ter novos trabalhos engatilhados para o futuro, Vitória conta que quer aproveitar a chance. Foi em 2019 que ela deixou no setor de recursos humanos da Globo seu material para análise. Dois anos depois, passava no teste para o papel que agora celebra.
"Fiz teatro, curtas-metragens e filmes independentes. Foi como se eu estivesse me moldando para a grande oportunidade que chega agora. Estou feliz", encerra.
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