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'Quanto Mais Vida': Matheus Abreu, o Tigrão, faz rally e quase foi nadador

Apaixonado por esportes, ator se encantou pelo teatro ainda criança

Matheus Abreu Instagram/matheusabreu

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São Paulo

Assim que acabou de gravar "Quanto Mais Vida, Melhor!" no fim de novembro, Matheus Abreu, 24, o Tigrão da novela das sete da Globo, foi para o interior de Minas Gerais, para viver uma aventura: fazer o seu primeiro rally de regularidade, o Ibitipoca Off Road.

O ator não foi sozinho. Ao seu lado, estava seu pai, Adely Pires de Abreu, na função de navegador, a pessoa responsável por guiar o piloto mostrando os caminhos e os perigos do percurso.

"Foi uma experiência fantástica. Os melhores momentos da prova foram quando nos perdemos, porque exigia da gente essa conexão, essa cumplicidade de falar: 'opa, estamos juntos e vamos nos entender'", relata.

A relação pai e filho de Matheus é bem diferente da vivida por seu personagem na trama de Mauro Wilson. O médico Guilherme (interpretado pelo xará do ator, Mateus Solano) e o filho adolescente entram constantemente em conflito.

Quando estava no início da adolescência, o ator relata que também teve seus momentos de explosão e brigas familiares, assim como Tigrão. Mas afirma que os pais sempre tiveram diálogo aberto com ele e muita parceria, o que não acontece na ficção.

"O Guilherme é uma pessoa muito controladora e com rompantes muito agressivos. Os embates que eu tive na minha família vinham de um lugar diferente, nunca chegou nessa agressividade que o Guilherme chega e que o Tigrão também chega."

Em comum com o jovem, ele afirma ter o amor pelo esporte. Na história, o skate funciona como uma válvula de escape para Tigrão. "Quando acontecem algumas coisas, a reação dele é bem enérgica, mas não é do confronto. Por mais que ele seja explosivo e tenha esse estopim curto, normalmente, ele sai da situação com o skate, que é um momento para ele pensar, refletir e depois encarar as coisas", diz.

Para Matheus, independentemente do esporte escolhido, as atividades físicas permitem uma conexão interna forte. No momento, ele está encantando com o off road. Antes do rally de carro, ele participou de um enduro de moto em 2020.

"Os esportes off road trazem uma coisa muito legal de união e confraternização. Por mais que esteja numa prova, quando alguém cai ou quebra alguma coisa da moto, a prontidão das pessoas em ajudar é muito legal", diz. Para ele, a prática também proporciona a possibilidade de conhecer novos lugares e estar mais em contato com a natureza.

Na infância, Matheus adorava nadar e até pensou em seguir profissionalmente no esporte. Isso até conhecer e descobrir que o teatro era o seu "lugar no mundo". "Percebi como aquilo mexia comigo, me completava, mas também me trazia mais questionamentos e me motivava a continuar na busca, na investigação", afirma.

Por causa da pandemia, projetos na área foram cancelados. "Eu preciso voltar ao teatro. Por enquanto não tenho nada certo, mas é uma vontade gigante", diz. De concreto para 2022, Matheus afirma que vai retomar o projeto de um filme paralisado desde 2018, e que ele não pode dar muitos detalhes.

Também no primeiro semestre deve lançar o filme "Pureza", inspirado na história real de Pureza Lopes Loyola, uma mulher que vai atrás do filho desaparecido na Amazônia e, nessa busca, acaba se deparando e denunciando um esquema de trabalho escravo.

A personagem-título é interpretada por Dira Paes, e Matheus faz Abel, o filho desaparecido. Os dois repetem a parceria de "O Segredo do Diamante", filme de 2014. Para o papel em "Pureza", o ator mineiro emagreceu 9 kg. "A história pedia essa abdicação e foi com muita alegria que eu fiz, sendo acompanhado de perto por um nutricionista ", afirma. "O Brasil precisa conhecer a história da Pureza", destaca.

Na TV, a estreia do ator foi na minissérie "Dois Irmãos", da Globo, de 2017, quando interpretou os gêmeos protagonistas Omar e Yaqub na primeira etapa da trama, e que são vividos na fase adulta por Cauã Reymond. A semelhança física com o protagonista de "Um Lugar ao Sol" chamou a atenção do público.

Mesmo antes de aparecer na TV, Matheus afirma que as pessoas já comentavam sobre como ele é parecido com Cauã. A pergunta sobre o assunto, aliás, é algo que ele está cansado de ouvir. "Escuto isso há tanto tempo... Para mim não é novidade", afirma.

Apesar de um certo incômodo com o tema, Matheus faz questão de ressaltar que "Dois Irmãos", do diretor Luiz Fernando Carvalho, foi um dos trabalhos mais especiais que já fez, não só pelo que foi ao ar, mas por toda a preparação anterior.

Depois da minissérie, ele atuou em "Malhação: Viva a Diferença" (2017-2018) e em "O Sétimo Guardião" (2018), ambas na Globo. Em "Quanto Mais Vida", ele vive uma dinâmica diferente, já que a novela já es rus.

"Foi desafiador. A gente teve de aprender e desenvolver um outro jeito de trabalhar, mas já está no sangue do ator se reinventar sempre", afirma. "E foi um privilégio poder trabalhar de forma tão segura no meio de uma pandemia", conclui.

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