'Quanto Mais Vida': Julia Lemmertz diz que Carmem ainda vai se humanizar
Atriz se inspirou em 'The Morning Show' e no visual de Tilda Swinton
Atriz se inspirou em 'The Morning Show' e no visual de Tilda Swinton
De cabelo curtinho e platinado, Julia Lemmertz, 58, tem chamado a atenção como a vilã Carmem Wollinger, de "Quanto Mais Vida, Melhor!", na Globo. Arquirrival de Paula Terrare (Giovanna Antonelli), as duas protagonizam cenas de grande rivalidade que acabam em conflitos físicos.
"No início da novela, as brigas das duas eram mais verbais, pouco contato físico, depois elas foram ficando mais malucas, de a gente rolar no chão, e outras coisas mais. Sempre tinha dublê, mas nunca usamos, era por nossa conta mesmo. E a gente se divertia", relata a atriz, relembrando as gravações que começaram no fim do ano passado e terminaram em novembro deste ano.
Apesar deste começo mais bélico, Lemmertz salienta que a atual trama das 19h, escrita por Mauro Wilson, é uma comédia e, portanto, "nada é realmente tão sério a ponto de ser mortal". As discussões entre elas têm um quê de desenho, "tipo gato e rato", afirma a atriz.
"As duas são diferentes e complementares em um certo sentido. Sabe quando você vê na outra pessoa coisas que você não é, então, você fica irritado? Coisas que você despreza, mas no fundo até gostaria de ser. É meio infantil esse lugar, mas é um pouco isso."
Mais do que concorrentes no ramo de cosméticos, Carmem perdeu o namorado, Celso (Cândido Damm), que ela considerava o grande amor da sua vida, para Paula. "E o cara ainda morreu! A Carmem pega esse bastião da justiça falando que vai provar que foi a outra que o matou."
Para construir a vilã, Lemmertz relata que tirou inspirações de vários lugares. A energia da competição entre as duas vem, segundo ela, um pouco da série "The Morning Show", protagonizada por Jennifer Aniston e Reese Witherspoon na Apple TV. "Tem também um jeito cool de ser de uma atriz que me inspirou o corte de cabelo, a Tilda Swinton", acrescenta.
Ela e Antonelli também pegaram umas pitadas de Miranda Priestly, a megera editora da revista Runway vivida por Merly Streep em "O Diabo Veste Prada" (2006).
Lemmertz recorda que o início das gravações foi muito difícil porque o Brasil ainda vivia um período em que o número de mortes por Covid era muito alto. "Esse lugar da arte, de estar ali exercendo o seu ofício em um momento tão difícil foi muito louco."
A atriz afirma que o diretor da trama, Allan Fiterman, teve papel fundamental ao pedir para ela não ficar tão grave e tão dramática em cena, mas se divertir com a história, que é leve e engraçada. "Eu captei toda a onda do medo daquele momento. Não precisa, dá para brincar, sabe", diz.
Julia Lemmertz também adianta que Carmem terá muitas mudanças conforme os capítulos vão sendo exibidos. "Ela também tem uma segunda chance, ela aprende com a experiência, ela descobre o afeto pelo outro, pela Paula, pelo ser humano. Acho bacana, tenho um carinho agora imenso pela Carmem, pela humanidade que ela foi criando ao longo da novela.
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