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Shark Tank Brasil: Empresário Caito Maia está 'faminto' para investir

Investidor vê muitas oportunidades neste momento de crise econômica

Caito Maia - Ignacio Aronovich/Divulgação
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São Paulo

A 6ª temporada do Shark Tank Brasil estreia sexta-feira (24), às 22h30, no canal Sony, e ao menos um dos investidores vai a campo sabendo bem o que quer. O empresário Caito Maia, 52 anos, fundador da Chilli Beans, está a caça de empreededores que sonham alto em pleno período de crise, com amor pelo negócio e até uma certa inconsequência.

“Estou faminto e com vontade de investir, ainda mais nesse momento novo que vivemos. O mundo deu uma chacoalhada e virão muitas oportunidades legais”, diz o empresário.

Caito afirma que busca um perfil de empreendedor que acredita no seu sonho, tem amor pelo negócio e que não vai deixar ninguém no mundo fazer ele desacreditar do seu projeto. “Eu busco muito essa inconsequência do empreendedor, esse brilho no olho. Não me fascinam muito as pessoas que vão lá para falar que querem ficar ricas, milionárias.”

O empresário entende que todos querem ganhar dinheiro, mas ele diz que chama muito mais a sua atenção os empreendedores que têm amor e uma certa loucura pelo seu negócio. “Eu tenho amor pelo que eu faço e muito respeito e cuidado pelas pessoas que participam do programa.”

Ao mesmo tempo, Caito diz que é importante que o empreendedor tenha feito as contas, observado se o seu negócio está em pé e um plano de negócio. "Quando combina esses dois caminhos [amor e financeiro] é isso que eu busco em um empreendedor do Shark Tank”, explica.

Caito explica que os jurados do programa têm o direito de ver todos os números das empresas que decidem investir. Ele já investiu em uma borracharia gourmet e uma fábrica de pimentas que estão indo muito bem. “Algumas vezes o que é mostrado [pelo empreendedor] e a viabilidade do negócio não é o que se espera."

Além de Caito, são jurados no programa: João Appolinário, fundador da Polishop; Camila Farani, investidora-anjo; José Carlos Semenzato, empresário e especialista no setor de franquias; e Carol Paiffer, CEO e sócia-fundadora da Atom S/A.

Para o empresário, as piores propostas de negócio são de pessoas que chegam despreparadas mesmo sabendo como funciona o programa. Segundo ele, a produção do programa recebe 4.000 inscrições de negócios para selecionar 70, e a pessoa precisa aproveitar essa oportunidade maravilhosa.

“Só a pessoa assistir duas temporadas do programa que dá para saber [o que procuramos]. O que me incomoda é quando a pessoa não se prepara, tem todas as informações e perde a oportunidade.”

Caito diz que a sua história como empresário é muito parecida com a dos empreendedores que propõem negócios para os sharks do programa. A diferença, segundo ele, é que quando começou seu negócio não teve ajuda de nenhum investidor.

Aos 18 anos, ele tinha o sonho de virar músico e foi para os Estados Unidos fazer curso na área, mas teve que desistir do sonho por falta de dinheiro.

Nesta época, comprou alguns óculos de sol em uma praia na Califórnia e começou a vender para amigos. Uma grande marca de roupas encomendou 18 mil peças e ele abriu uma empresa de atacado.

Mas dois clientes não pagaram e Caito quebrou. Ele entendeu que precisava criar uma marca própria e levou seu produto para o Mercado Mundo Mix, evento itinerante em São Paulo voltado para roupas e acessórios.

Os negócios começaram a melhorar e ele montou uma loja na Galeria Ouro Fino, em Cerqueira César, no centro de São Paulo. Depois, ele montou quiosques de vendas de óculos em shoppings. “A gente que inventou esse quiosque [de produtos variados], até então só vendia comida. Hoje você vê corredores lotados de quiosques.”

Hoje, Caito tem 917 lojas franqueadas no Brasil e exterior, em países como Austrália, Alemanha, Suiça, Índia, Arábia Saudita, entre outros. Apesar do sucesso da sua empresa, ele continua investindo em outros negócios no programa porque adora compartilhar seu conhecimento com outras pessoas.

“Quantas pessoas não começaram um negócio vendo o programa, é um lado excepcional, educativo que a gente tem. Eu tenho muito orgulho de fazer parte desse movimento.”

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