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Televisão

Patrícia Poeta usa quimono japonês e é acusada de apropriação cultural

Globo quis homenagear Olimpíadas e polemizou

Patricia Poeta veste kimono e é acusada de apropriação cultural
Patrícia Poeta veste quimono e é acusada de apropriação cultural - Reprodução
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São Paulo

A apresentadora Patrícia Poeta, 44, que substitui Fátima Bernardes no Encontro durante as férias dela, foi acusada de apropriação cultural. Na edição do matutino desta quinta-feira (22), ela usou um quimono para falar sobre o Japão.

O conceito de apropriação cultural é a ação de adotar elementos de uma cultura da qual você não faz parte. Assim, muita gente na internet se incomodou ao ver a apresentadora vestida dessa forma e criticou os clichês usados para se referir ao povo que recebe as Olimpíadas.

“A Patrícia Poeta de quimono, essa mulher é uma máquina de vacilos”, publicou uma internauta chamada Dani Fioravanti. “Patrícia Poeta usando quimono e aí eu fico me perguntando, estamos em 2021, será que não tem ninguém na Globo para falar que apresentar um programa de quimono talvez não seja uma boa ideia?”, indagou outro cujo apelido é Vomitinho.

“Patrícia Poeta (fantasiada) de japonesa e dizendo homenagear a cultura e costumes nipônicos. E eu acabei de sair de uma aula chamada Marketing Cultural. O que está havendo?”, publicou um outro seguidor de nome Wallace Rocha.

Procurada, a Globo não havia respondido as solicitações até a publicação deste texto.

Fato semelhante já havia acontecido na edição do dia 17 de julho do Mais Você, programa que antecede o Encontro. Na véspera do aniversário de 113 anos da imigração japonesa ao Brasil, o Mais Você mostrou um funcionário fantasiado de samurai com o rosto pintado e falando de forma estereotipada.

A atriz Ana Hikari, 26, classificou como “extremamente racista” a tentativa de homenagem que a Globo fez aos japoneses e seus descendentes.

“Pessoas de origem asiática não falam daquela maneira”, lamentou a atriz, que viveu a Tina de “Malhação - Viva a Diferença” e “As Five”, ao site Notícias da TV. “A fonética do ‘L’ nem existe na fonética asiática, japonesa especificamente.”

“Aquilo lá é uma maquiagem que nada tem a ver com samurai”, prosseguiu. “É uma maquiagem do teatro japonês, é uma coisa específica, sabe? Tudo ali tava muito... Foi extremamente racista, então, eu sinto muito que isso tenha acontecido”, disparou.

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