Flávia Alessandra diz que artistas devem ser resilientes: 'Longa estrada'
Atriz descarta retorno rápido das atividades artísticas com a pandemia
As atrizes Grace Gianoukas, 57, e Flávia Alessandra, 46, de "Salve-se Quem Puder", (Globo) destacaram a importância da arte durante a pandemia e, ao mesmo tempo, lamentaram como muitos trabalhadores do setor vêm sofrendo por causa das paralisações dos teatros, dos shows ao vivo e outras produções.
Gianoukas, que faz o papel de Ermelinda na trama, afirmou se sentir privilegiada por poder trabalhar na trama da Globo durante o período. Ela afirmou que viu muitos colegas tendo de vender casa e carro para poder sobreviver. "Eu sei de casos de pessoas, como técnicos de som e outros, que não tinham mais para aonde ir e foram morar embaixo de ponte, em ocupação e coisas desse tipo."
"A situação da nossa classe é muito delicada", completou. Contratada por obra pela Globo, Gianoukas agradeceu e destacou a ação da emissora de manter os atores e os técnicos que trabalham atrás das câmeras contratados até que as gravações fossem retomadas.
Em conversa com jornalistas sobre a novela nesta terça (11), Gianoukas disse acreditar que a situação só comece a se estabilizar para o setor, especialmente o teatro, em 2024. "Até que a pandemia seja controlada, até ter uma retomada econômica, nós vamos ser prejudicados. Nosso caminho é TV, streaming e internet."
Apesar de tudo, ela afirmou que os artistas vão seguir com a missão de levar alegria, emoção e entretenimento. "Como dizia Alcione, 'não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar'. Seguiremos de pé. Porque parafraseando Paulo Gustavo, o humor é resistência, a arte é resistência, e está provado que o mundo precisa de arte em um momento tão difícil."
Flávia Alessandra concordou e acrescentou que a classe artística "vem sendo muito esmagada"."E ironicamente a certeza que tivemos durante a pandemia é que foi a arte que salvou a gente. Foram os livros, as séries, os filmes, as novelas, os shows em live. Foi isso que ajudou a manter o prumo da nossa cabeça, do nosso psicológico."
A atriz também diz não ver "um caminho iluminado e resolutivo para um amanhã". "Eu vejo ainda uma longa estrada para a gente se restabelecer, e vejo essa necessidade nossa de resistência cada vez mais. Mas espero que, talvez, exista o entendimento da nossa sociedade do quanto se faz importante a nossa profissão, do quanto é importante a nossa arte para uma sociedade inteira. Tomara."
CAPÍTULOS INÉDITOS
Os 53 episódios finais já estão todos gravados. As filmagens foram realizadas no segundo semestre de 2020, seguindo os protocolos de segurança contra a Covid adotados pela Globo.
Será a única novela inédita da emissora no ar. Na história, Alexia (Debora Secco), Kyra (Vitória Strada) e Luna correm grande perigo nas mãos de Dominique (Guilhermina Guinle), principalmente após a descoberta de que Luna, uma das testemunhas do assassinato do juiz Vitório (Ailton Graça), em Cancún, está viva.
A vilã inicia uma caçada implacável para evitar que seja denunciada para a polícia. Mais do que nunca, ela precisa terminar o ‘serviço’ a pedido de Hugo (Leopoldo Pacheco), o chefão da organização.
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