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Felipe Bronze diz que Top Chef terá final dos sonhos e que trabalharia com competidores

Reality gastronômico dará troféu e R$ 300 mil ao campeão nesta sexta

Felipe Bronze apresenta o Top Chef - Divulgação/Record TV
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São Paulo

A noite desta sexta-feira (2) será mais do que especial para os cozinheiros Cesar Scolari, Lara Carolina e Luciana Berry. Eles vão descobrir se todo o esforço e suor empregados na cozinha do Top Chef Brasil (Record) foram suficientes para lhes garantir o troféu da segunda temporada do programa. Apesar de já estar gravado, o anúncio do título será uma surpresa, já que três finais foram filmados. O prêmio é de R$ 300 mil.

O chef e apresentador Felipe Bronze afirma que não há favoritos, apesar de confessar que os jurados adquirem afinidades no decorrer do reality. “Mas não revelo nem sob tortura”, brinca ele, que diz que isso não os faz saírem do rumo nas avaliações. “O que nos guia é a honestidade. O Top Chef é uma referência e reconhecido no mundo como o principal reality de gastronomia. Nós não espinaframos nem humilhamos ninguém”, complementa.

Na grande final, os três competidores precisarão fazer um menu completo com entradas, pratos principais e sobremesa. Será autoral, ou seja, com livre inspiração nas vivências de cada cozinheiro. Com muita técnica e experiência, os três competidores têm chance igual de triunfar no reality.

“O último programa será uma espécie de Ironman da cozinha, que é aquela prova onde a pessoa precisa fazer de tudo. Veremos uma cozinha que levará os participantes ao topo de sua excelência. Vai ser muito duro julgar e escolher o melhor. Eu contrataria vários deles para trabalhar junto”, adianta Bronze.

O chef e apresentador aponta as características que podem fazer dos três vencedores. “O Cesar tem uma cozinha vibrante e um alto-astral que eu mesmo não teria. A Lara é mais introspectiva, mais parecida com o meu jeito, e tem refinamento técnico incrível. E a Luciana tem a experiência de ter participado de um outro reality e a vivência de fora do Brasil. É uma final dos sonhos. São os três melhores.”

A segunda temporada do Top Chef Brasil termina com audiência na casa dos 5,5 pontos do Ibope na Grande SP (cada ponto equivale a cerca de 74 mil domicílios), meio ponto abaixo da temporada anterior, mas sem contabilizar ainda os índices da grande final que costuma ter mais apelo. Atualmente, é o reality gastronômico mais visto da TV.

“Eu gostaria que tivesse duas edições do Top Chef por ano. Por causa da pandemia, não pudemos colocar uma repescagem na edição que acaba agora. Portanto, na próxima, do ano que vem, esse recurso estará presente. Muita gente competente merece uma segunda chance”, conclui o chef.

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“É TUDO UM SONHO, MAS ESTOU MORRENDO DE MEDO”

A chegada até a decisão, para o paranaense Cesar Scolari, 39, tem sido um sonho. Segundo ele, a disputa contra suas concorrentes será dura, já que cada uma tem qualidades que poderiam fazê-las vencer o Top Chef. Para ele, tudo pode acontecer.

“Essa final foi bem leve porque todos nós nos damos muito bem. A Luciana representa o Brasil lá fora, uma mulher de técnicas. Já a Lara eu a chamo de pequeno gênio, que guria determinada e inteligente. É tudo um sonho, mas eu estou morrendo de medo”, conta ele sem apontar qualquer favoritismo.

Cesar sempre usou de sua alegria e irreverência para cozinhar. Ele conta que esses atributos o fizeram ficar mais centrado. E acrescenta que a cozinha precisa disso. Não à toa, venceu duas Facas de Ouro, ou seja, foi em duas oportunidades o melhor cozinheiro da noite. E foi só nessa segunda vitória que a ficha dele caiu de que ele era destaque na competição.

“Uma das coisas que eu sempre falei é que eu queria levar essa experiência como uma colônia de férias, me divertir. Ainda mais com a pandemia onde o mundo já está tão pesado. As pessoas precisam rir. Se você está leve na cozinha você manda bem. Eu cozinhava cantando Bethânia”, revela.

O cozinheiro, com 17 anos de experiência e passagem por restaurantes de Milão, na Itália, diz que ainda não parou para avaliar o que fará com o dinheiro caso vença a disputa. Mas diz ter a intenção de comercializar iguarias como bananada. “Agora tenho mais visibilidade e vão surgir oportunidades. Antes quero tirar uma semaninha de férias”, diverte-se.

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“NÃO ACREDITAVA NA FINAL, QUERIA CHEGAR À METADE”

Quando a carioca de Macaé Lara Carolina, 25, entrou pela primeira vez na cozinha do Top Chef a meta dela era bem clara: “não ser eliminada logo no primeiro programa”, relembra a cozinheira mais jovem da final e que tem nove anos de gastronomia. Depois de não ter sido a primeira a sair, a meta virou outra: “chegar pelo menos até a metade do reality em meio a competidores mais experientes.”

Deu certo. E muito. Lara é uma das finalistas. “O que aprendi foi confiar mais em mim. Tenho um currículo muito bom para a minha idade. Eu tinha síndrome da fralde e me perguntava: ‘será que sou capaz de fazer as coisas?’. Percebi que posso ir além”, afirma a cozinheira que sempre demonstrou muito planejamento e organização na cozinha, mas que se atrapalhava um pouco quando era preciso improvisar.

Lara diz que a final exigiu o máximo dos competidores, já que a gravação começou ainda pela manhã e só foi terminar após as 2h. “Nós não sabemos quem foi o vencedor. Minha mãe já me ameaçou algumas vezes para eu revelar o resultado. Foi uma prova muito bonita onde tivemos de preparar um menu completo com entradas, pratos principais e uma sobremesa. Que vença o melhor”, adianta.

Apesar de, assim como Cesar, não saber o que fazer com o dinheiro caso vença, Lara revela que já há conversas mesmo que informais com outros competidores do programa para que seja criado um projeto onde eles possam trabalhar juntos. Talvez um projeto de jantar a quatro mãos para servir pessoas em eventos.

Enquanto isso, ela se prepara para a abertura de um estabelecimento na Vila Mariana (zona sul de SP) especializado no doce tiramissú. Ela quer usar de sua visibilidade para alavancar esse negócio no final de outubro.

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“SABIA QUE TINHA POTENCIAL E MEU FOCO ME AJUDOU”

Dos finalistas do Top Chef Brasil, sem dúvidas quem tem mais experiência em decisões desse tipo é a baiana Luciana Berry, 40, que mora há 16 anos na Inglaterra. Foi lá que a cozinheira participou de outro torneio gastronômico, o MasterChef Profissionais local, em 2014. Luciana chegou até a semifinal.

Porém, ela afirma que o nível de competição do Top Chef é ainda mais acirrado. Confiante, revela que seu foco a ajudou a chegar na final. “Dessa experiência eu trouxe a calma. Eu gosto de realities e desafios novos, então não teria medo de botar a cara à tapa para um outro no futuro, quem sabe? O jogo me posiciona melhor para lidar com situações diferentes”, opina Lucana, com 15 anos de cozinha.

Outra experiência que a ajudou a chegar onde está hoje é o seu trabalho pela Inglaterra e por outros países. Luciana é uma espécie de embaixadora da gastronomia brasileira. Com palestras e eventos, a chef leva o que o nosso país tem de melhor para o conhecimento de outras pessoas. E até para o príncipe Edward ela já cozinhou. “Eu fiz uma peixada, mas tive de tirar o dendê, pois a dieta dele não permitia um tempero tão forte."

Desde quando entrou no Top Chef Luciana sabia que tinha possibilidade de ir para a final. “Sabia do meu potencial e meu foco me ajudou. Estava confiante de que tinha qualidade”, afirma a chef que é reconhecida pelos ótimos empratamentos e pela qualidade como mescla ingredientes de outras culturas.

Se levar o prêmio, Luciana quer fazer o dinheiro render e pensa em investir em produtos brasileiros. “Quero continuar a mostrar os cheiros, gostos e sabores que só o nosso país tem. Mas caso eu não vença será um aprendizado que eu levarei para a vida toda”, finaliza.

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