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Felipe Andreoli tira César Tralli do eixo com diversão no SP1: 'Amizade fortaleceu'

Andreoli diz que Globo Esporte deve manter quadros apresentados dentro do SP1

Felipe Andreoli e CésarTralli juntos no SP1 - Globo
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São Paulo

Em tempos de pandemia, os jornais de TV ficam mais pesados e as notícias geralmente são ruins. Mas de segunda a sexta-feira, pelo menos por alguns minutos a partir das 13h, o SP1 de César Tralli abre espaço para a leveza e a irreverência de Felipe Andreoli e o esporte.

Desde março, o Globo Esporte deixou de ser um programa solo para virar um quadro dentro do jornalístico local das 12h –a partir de 3 de agosto, a atração volta à grade da emissora com o início do Brasileirão. A interação entre os dois jornalistas passou a envolver desafios e brincadeiras –como jogar tênis com frigideiras, embaixadinhas, e até comer sanduíches enviados por jogadores de um time de Guarulhos (SP), além do quadro Olimpíadas da Sacada, cujos protagonistas são os próprios telespectadores.

"Tralli tem trabalhado em várias frentes. Às vezes chego em casa, no fim da tarde, e ele está na GloboNews, lidando com assuntos que não dão espaço para muita descontração. Acho incrível como ele consegue ser muito sério, depois descontrair e, mesmo assim, manter a credibilidade intacta", diz Andreoli.

"Nessa parceria com Tralli, o legal é que vira um bate-bola entre nós. Estreitou a nossa relação. Não tenho dúvidas de que essa amizade se fortaleceu ao longo da pandemia e de que conseguiremos mantê-la mesmo depois que a programação voltar a ser como antes", completa.

Entre os quadros do programa está um que faz com que o pessoal de casa mostre seus dons no esporte amador. "Tentamos encaixar essas prioridades da vida nos assuntos ligados ao esporte para mostrar como as pessoas estão se cuidando dentro de casa. Temos os desafios que nós sugerimos durante a semana. A criançada e os pais têm participado demais. Fomos nos adaptando com o passar do tempo. A dupla casou naturalmente", reforça Andreoli.

De acordo com Tralli, a interação com Andreoli é a única parte do jornal que ele não tem ideia de como vai acontecer. Justamente por isso que as reações são naturais, nada combinado. "Até que fico um pouco contido. Faço mesmo questão que ele dê o show. No momento do esporte dentro do SP1, eu procuro jogar ali no meio de campo ou pelas pontas. Vou lançando a bola para o Felipe fazer gol."

O apresentador reforça que sempre admirou muito Andreoli por seu talento e diz que a participação dele trouxe alívio e um respiro em meio às notícias tristes. E que tudo foi rolando naturalmente. "Não houve tempo sequer de criar expectativas. De repente, entramos em campo juntos. E foi entrosamento à primeira vista. Quero muito ter mais oportunidades de ficar próximo dele, respeitando o necessário distanciamento social, claro."

E todas essas brincadeiras e interações renderam até uma homenagem a Tralli, que ele jamais imaginou. O jornalista, pela primeira vez na história, foi lembrado durante a comemoração de um gol no campeonato coreano com seu nome balbuciado para a câmera por um jogador. Isso porque Tralli e Andreoli conversaram dias antes com Junior Negrão, brasileiro que tem feito sucesso pelo futebol daquele país.

"Fiquei sem entender em um primeiro momento. Como é tudo ao vivo e o Andreoli não me conta antes, a ficha foi caindo aos poucos. De repente, o Junior Negrão faz o gol lá na Coreia do Sul e, durante a comemoração, me ‘telefona’, fazendo sinal de quem está no celular. Brincamos com ele via internet para que não parasse de fazer gols e que lembrasse sempre da gente aqui. E não é que ele lembrou?", conta Tralli, que passou quase dois meses na Coreia do Sul, na cobertura jornalística da Copa da Ásia, em 2002.

PROGRAMA SOLO E REPERCUSSÃO

Apesar do sucesso e da descontração no ar, a junção entre Felipe Andreoli e César Tralli no mesmo estúdio tem prazo para terminar. A partir do dia 3 de agosto, o Globo Esporte voltará a ser um programa solo na grade da Globo –de segunda a sábado após os jornais locais da hora do almoço. A ideia é aquecer os motores para a volta do Campeonato Brasileiro, nos dias 8 e 9 de agosto.

Depois de permanecerem quase cinco meses juntos, Andreoli e Tralli não querem desfazer a parceria tão facilmente. A ideia deles é continuar batendo uma bolinha mesmo que não mais a dois metros de distância. "O próximo desafio é pensar como podemos fazer para manter a interação dessa dupla mais frequente do que era antes da pandemia", reforça Andreoli.

Felipe Andreoli aponta que a junção de ambos os programas foi muito importante e que um ajudou o outro. A partir dessa parceria, o Globo Esporte, mesmo quando voltar à grade, poderá mudar e até continuar com os quadros que foram vistos no SP1.

"Na equipe do Globo Esporte conversamos sobre como essa dupla foi legal e ajudou os quadros. O SP1 tem mais tempo e uma grande interação com as redes sociais. É algo muito importante que vamos querer manter na volta do Globo Esporte. Gosto de ter alguém para conversar, de um parceiro para bater uma bola durante o programa", reforça Andreoli, que no GE poderá fazer isso ainda mais frequentemente com os comentaristas Casagrande, Muricy Ramalho e Caio Ribeiro.

O jornalista completa ao citar que a repercussão trouxe um público novo para a sua rede social. "Notamos o interesse de pessoas que não são muito fãs de esporte. Veio muito retorno legal. Os memes de nós dois que o público monta nos deixam muito felizes", afirma Andreoli.

Para Tralli, a união foi muito importante. "Essa união de forças e de esforços foi muito produtiva logo de cara. Foi tão natural para mim que parecia que já fazíamos isso há muito tempo." E completa sobre a repercussão do público. "Tudo o que procuro ser no ar é o que realmente sou fora dele. Então, se as pessoas estão nos vendo com satisfação e alegria, quero crer que estamos agradando. Essa pandemia tem me ensinado muito. E reforçado alguns aprendizados."

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