Televisão

Marcão do Povo volta a apresentar Primeiro Impacto na segunda

Apresentador gerou polêmica ao sugerir campo de concentração para infectados pela Covid-19

Marcão do Povo - Instagram/marcaodopovooficial
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São Paulo

Depois de ser afastado das suas funções no SBT no início de abril por sugerir que infectados com o novo coronavírus deveriam ser enviados para um campo de concentração, Marcão do Povo volta ao comando do programa Primeiro Impacto na segunda-feira (27).

Segundo a assessoria de imprensa da emissora, o retorno deveria acontecer nesta sexta (24), mas o apresentador pediu para ser na segunda.

De acordo com reportagem do UOL, Marcão foi orientado pelo SBT a não dar opiniões ou, em casos excepcionais, que ele não fale sobre temas que envolvam a pandemia. O objetivo seria evitar novas repercussões negativas. Questionada pelo F5, a assessoria de imprensa da emissora negou que a direção do SBT tenha feito qualquer recomendação sobre o assunto ao apresentador.

Marcão do Povo gerou revolta nas redes sociais no dia 8 de abril ao sugerir, durante o programa, que campos de concentração fossem criados para receber os infectados pelo novo coronavírus no Brasil. Horas mais tarde, ele foi suspenso de suas funções pela emissora.

Em logo comentário feito ao vivo, ele sugeriu a Jair Bolsonaro que isole os doentes com a ajuda das Forças Armadas. "Não seria interessante montar um campo de concentração de cuidados, com os equipamentos mais sofisticados, com os melhores profissionais, e colocar essas pessoas com problemas e com sintomas?", questionou.

Na ocasião, o SBT, cujo dono, Silvio Santos, é judeu, lamentou o comentário feito pelo apresentador e afirmou que ele estava suspenso de suas funções.

Dias depois, um grupo de jornalistas do SBT chegou a encaminhar uma carta à direção da emissora, segundo o UOL, pedindo a demissão de Marcão.

PEDIDO DE DESCULPAS

Após toda a polêmica, no dia 13 de abril, Marcão do Povo pediu desculpas por sua declaração. Segundo ele, foi apenas um ato falho porque ele quis dizer “hospital de campanha”.

Ele afirmou também que em um programa ao vivo ele “está sujeito a erros e a palavras mal colocadas”. “A ideia apresentada consistia na junção de pessoas infectadas para serem tratadas em um mesmo local, com atendimento digno e eficiente, evitando assim, a criação de vários pontos de atendimento específico em nosso pais, e certamente com custo bastante elevado para a montagem de cada estrutura individual”, escreveu o jornalista em suas redes sociais.

E finalizou explicando que queria mesmo dizer que todos fossem enviados a um ‘hospital de campanha’.

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