Em julho, o repórter Tino Marcos, 57, anunciou que se afastaria de suas funções na Globo. Alegando cansaço, o jornalista afirmou que ficaria seis meses longe da televisão, pelos quais não receberia remuneração, retornando em janeiro de 2020. 

Cerca de quatros meses depois de seu afastamento, Tino Marcos teve seu contrato modificado pela emissora e, segundo o colunista Léo Dias, do UOL, ele será um freelancer com algumas regalias e não mais contratado no regime CLT.

O jornalista esportivo receberá por reportagens, não fará plantão nem será obrigado a frequentar a Redação da Globo. Ainda segundo o colunista, o salário do profissional girava em torno de R$ 130 mil a R$ 150 mil, mensais. Apesar da mudança contratual, Tino deve continuar a receber alguns benefícios, como planto de saúde. 

Com sete cobertura de Copas do Mundo, Tino Marcos é amigo pessoal de Galvão Bueno e Mauro Naves, esse último demitido da Globo após passar contato de Neymar pai a advogado de Najila Trindade, que disse que havia sido vítima de estupro e agressão por parte do jogador durante um encontro que teve com ele em um hotel, em Paris. O caso foi arquivado sem acusações contra Neymar Jr. 

Na Globo, Tino também foi editor-chefe do Globo Esporte e fez reportagens para o Esporte Espetacular. Questionada, a Globo confirmou por meio de sua assessoria que o jornalista volta à emissora em janeiro, mas disse que não comenta sobre os contratos de seus colaboradores.   

As alterações em contratos de funcionários na Globo têm sido recorrentes nos últimos meses e deve atingir outros profissionais da casa, como Marcos Uchôa, 61, que também participou de importantes coberturas, como a Guerra do Iraque, a Copa do Mundo de 2002 —que aconteceu na Coreia do Sul e no Japão— e a viagem do astronauta brasileiro Marcos Pontes, 56.