Televisão

Armando Babaioff diz que adiciona uma pitada de Jim Carrey ao seu vilão de 'Bom Sucesso'

Ator torce para que as pessoas 'tenham raiva de gostar dele'

Armando Babaioff
O ator Armando Babaioff - Victor Pollak/Globo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

É a primeira vez que Armando Babaioff, 38, interpreta um vilão em novelas. Em “Bom Sucesso” (Globo), o ator dá seu toque ao inescrupuloso e cínico Diogo, que só quer saber de vender a editora de Alberto (Antonio Fagundes).

Com a descoberta da doença de Alberto, Diogo virou diretor comercial da Prado Monteiro e, nos próximos capítulos, começa a se alinhar a bandidos para tentar tirar Paloma (Grazi Massafera) da casa do empresário.    

Para Babaioff, o personagem tem tantos predicados e nuances que ele resolveu levá-lo para o lado do humor. "Ele está mais para Jim Carrey. O que presto atenção é onde posso colocar as esquisitices dele, no jeito de olhar, como ele vira a cabeça, como gesticula, ver onde pode entrar a sedução, a canalhice, a frieza."

Na história escrita por Paulo Halm e Rosane Svartman, Diogo se aproveita da fragilidade de Nana (Fabiula Nascimento), com quem é casado, para usar o nome da família Prado Monteiro para destacar profissionalmente. Ele ainda tem um caso com a assistente da esposa, Gisele (Sheron Menezzes), e a possibilidade de ser flagrado por Nana é o tempero dessa relação.

Ao lado da amante, ele desenvolve planos para provocar a falência ou incentivar a venda da editora. "O personagem entende como cada um funciona, a deficiência de cada um e vai pelas brechas. É sociopata, um aproveitador. Não vai medir esforços para conseguir passa por cima de qualquer um", revela.

 

Armando Babaioff afirma que, por mais que seja um vilão caricato, ele não teme que as vovozinhas na rua o acertem com guarda-chuva na cabeça, como de vez em quando acontece. "Elas vão curtir. Quero que as pessoas amem odiar, tenham raiva de gostar dele. Mas adianto que pelas coisas que ele faz, certamente não terá um bom final. Nesse nosso país, ele não poderá sair impune”, comenta.

Como um sociopata, o personagem também é charmoso e interessante, até porque ninguém sabe que ele é um malandro. Na vida real, Baba, como é conhecido nos bastidores, revela que tem olhado com mais carinho para as pessoas para cada vez mais para inserir detalhes em Diogo.

"Sou tão ingênuo para esses assuntos [de perceber maldade nos outros] que posso abraçar um psicopata por aí e nem estar sabendo”, diverte-se. “Ele acaba sendo uma figura interessantíssima. Agora, imerso nesse universo, na vida real eu passei a pegar mais o comportamento de todos ao redor.”

Por mais que seja um ator experiente com 13 anos de TV, esse papel é um dos mais importantes na carreira do ator pernambucano. “Não me angustia não ter tido reconhecimento anterior na televisão. Minha preocupação é contar boas histórias. Sou operário, faço teatro desde os 11, carrego cenário nas costas, entro em loja para saber o preço do metro do tecido, pego ônibus, traduzo textos. Gosto disso, de atuar. O dia em que perder isso, perco o interesse na profissão", conclui.

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem