Com três narrativas, 'Espelho da Vida' terá mistério e romance em trama espiritualista
Folhetim protagonizado por Vitória Strada estreia nesta terça (25)
Presente, passado e um filme que revive tempos antigos. É assim, misturando três narrativas diferentes, que “Espelho da Vida” estreia nesta terça (25) na Globo. Escrita por Elizabeth Jhin e dirigida por Pedro Vasconcelos, a trama conta uma história de mistérios e vidas passadas, envolvendo a personagem Cris Valência —vivida por Vitória Strada, uma das principais apostas da emissora.
A mocinha é uma atriz de teatro que namora Alain Dutra, um experiente diretor de TV interpretado por João Vicente de Castro, em seu primeiro galã. O avô do rapaz, Vicente (Reginaldo Faria), está à beira da morte e pede para ver o neto. O cineasta, então, retorna para Rosa Branca, sua cidade natal, acompanhado da namorada.
Ao chegar lá, Cris descobre a história de Julia Castelo, uma jovem moradora da cidade que foi morta em 1932 por seu namorado. O crime chocou a população e permaneceu como um mistério ao longo dos anos. Alain decide, então, fazer da vida de Julia Castelo um filme, protagonizado por Cris.
E o que era para ser um desafio profissional se torna um processo pessoal de revelação de vidas passadas. Ao estudar a sua personagem, Cris descobre que ela própria é a reencarnação de Julia Castelo. A partir daí, a mocinha vai encarar outras revelações, como o verdadeiro amor de sua vida.
“Ela não é uma pessoa que acredita em espiritismo. Então, não tem esse conhecimento prévio. Ela só descobre essas relações. Foi um desafio, como atriz, transitar entre os tempos. Precisei me concentrar muito para não misturar a Cris com a Julia da vida real e com a Julia do filme”, afirma Vitória.
Esse longa-metragem que nasce na ficção, inclusive, deve ser lançado separadamente depois que a novela da Globo for ao ar.
As cenas de Rosa Branca foram gravadas em Mariana, cidade histórica do interior de Minas Gerais. O pedido veio da autora: Elizabeth Jhin acredita que cidades reais dão mais veracidade à história e ainda garantem visibilidade ao lugar. “A produção andou por locações e encontrou, em Mariana, uma praça que era exatamente a que tinha pensado para a trama”, afirma ela.
AUTORA DE OUTRAS NOVELAS
Conhecida por ser uma das principais autoras das novelas da faixa das 18h na Globo, Elizabeth Jhin, 69 anos, aborda em suas tramas, com frequência, questões espiritualistas. “Essas ideias acabam surgindo, e esses temas, como reencarnação e vidas passadas, são uma coisa que me fascina. Eu acabo lendo muito, e as ideias vão aparecendo”, diz a dramaturga.
Desde 2010, ela assinou quatro folhetins de sucesso na Globo, como “Além do Tempo” (2015). O elenco tinha Alinne Moraes, Rafael Cardoso, Júlia Lemmertz e Irene Ravache, como a trama atual. Esta última vive Margot, em “Espelho da Vida”. É uma mulher espiritualizada que ajuda Cris (Vitória Strada) a descobrir os mistérios de suas vidas passadas.
Irene Ravache já faz parte da lista de favoritas da autora. “Eu fiz para ela esse papel, com muito carinho. Gosto demais dela, sempre fui fã. Acho que ela abrilhanta qualquer elenco”, afirma Elizabeth Jhin. A atriz, por sua vez, diz que se identifica com a personagem. “A Margot é muito espiritualizada, e eu tenho um certo fascínio por isso”, fala Irene.
ELENCO CÔMICO
Apesar do tema espiritualista e dos mistérios envolvidos, “Espelho da Vida” tem a proposta de ser uma história leve, como cai bem à faixa horária das 18h da Globo. Para isso, aposta na descontração de um núcleo bem-humorado formado por Vera Fischer, Evandro Mesquita e Luciana Vendramini, veteranos de volta à casa.
Na trama, os personagens de Mesquita e Luciana tiveram um romance desastroso no passado. Mas precisarão viver como marido e mulher no longa que será filmado na história. “Teve uma fofoca que foi a minha personagem quem plantou”, diz Luciana. “Por isso, eles se odeiam. Mas vão ser contratados para ser par romântico no filme, vai ser um arranca-rabo!”
Vera Fischer integra a confusão, na pele de uma atriz vaidosa. “É uma estrela de cinema das antigas, que descobre que o médico local [Dalton, vivido por Marcello Escorel] fez cinema com ela e foi uma paixão da juventude”, diz Vera, em seu primeiro papel fixo desde “Salve Jorge” (Globo, 2012).
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