Fábio Porchat afirma que amadureceu e comemora aumento da audiência de seu talk show na Record
Para o apresentador, os números não são o foco de seu trabalho
O apresentador Fábio Porchat está feliz da vida na Record: tem visto o seu Programa do Porchat, exibido de segunda a quinta-feira, à 0h15, elevar os índices de ibope de uma faixa horária concorrida. Pedro Bial e Danilo Gentili têm atrações do mesmo gênero, ao estilo “talk show”, praticamente na mesma hora.
Após férias no início do ano, a atração retornou à programação em 5 de março, mês em que rendeu média de 3,2 pontos de audiência. Em maio, os índices foram para 3,8 pontos e, em junho, para 4,3. Já em julho, o programa teve média de 3,1 pontos –queda atribuída ao fato de ter disputado o público com a repercussão da Copa do Mundo. Cada ponto do Kantar Ibope equivale a 201.061 espectadores na Grande São Paulo.
Para o apresentador, os números, contudo, não são o maior foco de seu trabalho. “Juro que não me ligo na audiência. Claro que fico feliz, torço para dar certo, mas me ligo mais no conteúdo artístico. A audiência é tão relativa, depende do programa anterior, do convidado...”, avalia.
Os retornos positivos, esses sim, mexem com ele. “Eu me preocupo com o que as pessoas comentam, com a repercussão do que apresentamos. Agora parece que a atração entrou na rota.” E isso ele também atribui à própria experiência à frente das câmeras. “Acho que estou mais confiante, mais maduro, estou ouvindo mais o convidado. Estou bem menos nervoso. Sinto que estou amadurecendo”, revela.
E conta ter tido a preocupação de estudar bem os participantes antes de, aos poucos, incluir alguns quadros e brincadeiras. “Quero um programa sempre melhor. E desejo me estabelecer. Não quero ser a novidade, quero ser a certeza”, finaliza Porchat.
HUMOR DE PORCHAT É BEM AVALIADO
Segundo o especialista em TV Dirceu Lemos, um dos atributos que fazem com que o público goste do Porchat é o fato de ele ser diferente de seus concorrentes: Danilo Gentili, que comanda o The Noite (SBT), e Pedro Bial, à frente do Conversa com Bial (Globo). Todos na mesma faixa de horário.
“Gosto do programa, acho ele menos ofensivo do que o The Noite do [Danilo] Gentili, no SBT, por exemplo. E também tem uma pegada diferente do [Pedro] Bial na Globo, que não usa do humor. O Bial concentra sempre um bom papo, e o Porchat apresenta bem a sua veia cômica”, aponta.
Para Lemos, o programa tem elementos que podem fazer com que ele cresça ainda mais. “O tipo de humor do Porchat e os quadros que ele apresenta dão uma renovada, não deixam cair na mesmice. E isso é importante para um 'talk show'”, analisa.
Outro pesquisador de TV, Fabio Wajngarten, acha que os apresentadores do chamado “late night” (fim de noite) passam por um processo de aperfeiçoamento contínuo. “E isso acontece na tentativa e no erro, pois a fronteira do politicamente correto é tênue nesses casos. Se escorregar, até os anunciantes tiram o pé. O Porchat vem se aperfeiçoando.”
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